Aspectos cronobiologicos da síndrome do comer noturno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Harb, Ana Beatriz Cauduro
Orientador(a): Hidalgo, Maria Paz Loayza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/87175
Resumo: Introdução: Os seres vivos sincronizam suas atividades com os ciclos ambientais influenciados por fatores externos como as condições de luz, horários de alimentação, interações sociais e por fatores endógenos como os genéticos, níveis hormonais e apetite, entre outros. Sensores percebem a variação temporal informando o estado de iluminação ambiental através da rede neural ou sistema endócrino mediado pelos relógios circadianos. Os genes do relógio pertencem a quatro famílias: CLOCK, BMAL1, Cryptochromes e Period onde a formação, expressão e supressão da transcrição destes e de seus heterodímeros resultam na ritmicidade de 24h. O relógio circadiano modula o metabolismo de energia através do controle da atividade de diversas enzimas, dos sistemas de transporte e de receptores nucleares envolvidos no metabolismo dos nutrientes. Alterações nos horários de alimentação podem modificar a relação entre o relógio central e or relógios periféricos podendo causar mudanças no metabolismo e afetar o sistema circadiano. Em algumas desordens alimentares como a Síndrome do Comer Noturno (SCN), reconhecida como um atraso de fase da alimentação, o ritmo de alimentação está alterado. Assim sendo, a SCN pode ser um fator que influencia na obesidade, modificando padrões do sono, padrão alimentar, apetite e regulação neuroendócrina. Objetivos: Estudar os aspectos cronobiológicos na SCN. Métodos: Características, como aspectos emocionais, cronotipo e qualidade do sono foram avaliadas por meio de questionários. Variáveis de ritmicidade da atividade e exposição à luz foram avaliadas por actigrafia e a expressão dos genes do relógio CLOCK, BMAL1, Cry 1 e Per 2 foi medida em leucócitos. Resultados: 28 pacientes (14 com SCN - 10 mulheres e 14 controles - 9 mulheres) participaram deste estudo. A média de idade foi de 40,71 ± 12,37 anos e IMC foi de 26,8 ± 5,7kg/m². Não foi encontrada nenhuma evidência cronobiológica nas análises realizadas relacionada à SCN. Conclusão: Nossos resultados não corroboram a hipótese de que o the time system pode ser ligado à fisiopatologia da SCN, pois a associação de sintomas que definem a SCN como uma síndrome. Os tempos e a qualidade da alimentação devem ser mais profundamente estudados para esclarecer a relação entre a alimentação e o fato de que se os seres humanos alocam a sua principal alimentação no turno da noite pode trazer consequências ao metabolismo e refletir mudanças no comportamento e contribuir no controle da obesidade. Este é o primeiro estudo em humanos para relacionar os genes do relógio e a SCN.