Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ignácio, Mauro Castro |
Orientador(a): |
Myskiw, Mauro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/230843
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Resumo: |
Este trabalho procura abordar uma afirmação bastante recorrente na argumentação daqueles que defendem o envolvimento de pessoas, sobretudo crianças e jovens, em universos esportivos: o que de que o esporte afasta ou tira 'das drogas'. Esse discurso está presente, por exemplo, em cursos de formação superior, em narrativas de veículos de comunicação, em projetos sociais, em manifestações de agentes da política pública. A literatura que aborda essa questão, por um lado, reforça esse lugar do esporte como ferramenta social capaz de proteger 'das drogas', mas também há um conjunto de estudos que problematizam o que chamam de uma visão simplista ou reducionista. Sobre essa temática há trabalhos que, no campo das políticas públicas, relacionam esse discurso com políticas utilitaristas e focalistas. Nesse universo de debates é que o presente estudo procurou, através de uma etnografia, compreender as narrativas de um grupo de jogadores de basquetebol sobre a relação esporte e drogas, considerando suas trajetórias e experiências vividas num bairro de periferia da cidade de Porto Alegre. Essa pesquisa, numa perspectiva da etnografia da duração, esteve centrada na compreensão das experiências temporais narradas por jogadores e sobre jogadores, considerando que são construções, no presente, das relações vividas e pensadas. Foram realizadas observações participantes, diários de campo, entrevistas, catalogação e organização de documentos como forma de produção empírica. As análises materializadas num texto etnográfico envolveram narrativas sobre as trajetórias de atores-chave e seus esforços para a composição e manutenção de um grupo de basquetebol. Na sequência, a textualização etnográfica que é uma materialização da experiência no campo e, no presente caso, uma transcriação, analisa especificamente a constituição do grupo de basquete no bairro de periferia e as narrativas de personagens-jogadores sobre a relação entre esporte e drogas. Com a realização do estudo foi possível concluir que a relação entre esporte e drogas são narradas a partir dos dramas e dinâmicas da vida cotidiana urbana. |