Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Prochnow, Simone Back |
Orientador(a): |
Abreu Filho, Silvio Belmonte de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/216817
|
Resumo: |
A história da relação homem-Natureza ao longo do tempo é, na verdade, a história dos produtos de da ação humana sobre a Natureza - a história de nossa cultura. A segunda Natureza enunciada por Cícero antes de Cristo já falava das alterações feitas pelo homem para atender suas necessidades básicas: estradas, plantações e desvios de rios possibilitando a locomoção e a alimentação. Este conceito deixa evidente a existência de uma primeira Natureza, a pristina, a intocada, o reiono dos deuses. Já no Renascimento, italianos como o historiador Bonfadio, que segundo estudiosos estaria ciente do conceito de Cícero, explicitam uma terceita Natureza - una Terza Natura - na qual os mais elaborados jardins uniam técnica e arte à beleza da Natureza ao criar esplendorosos lugares para o deleite humano. No atual momento, único na história da humanidade, de crise ambiental, de pandemia, de assombro diante de nossa fragilidade e de nossa capacidade de autodestruição, esta pesquisa busca na bibliografia clássica e também na atual, assim como na análise in loco da cidade de Viena (considerada a cidade com mais alta qualidade de vida no mundo nos últimos dez anos), o conceito do que seria a Quarta Natureza. Dois pontos fundamentam o resultado: ela é a Natureza proveniente de uma nova consciência. Uma nova consciência humana de autoconhecimento, de unidade, de pertencimento e principalmente de que tudo está concetado e é mutuamente influenciado. A hipótese defendida é otimista: acredita que o ser humano portador dessa nova consciência, desprovido de egocentrismo, mas ciente de suas reais potencialidades criadoras, poderá através dos preceitos da Quarta Natureza passar de agente destruidor do universo, protagonista do Antropoceno, para o agente verdadeiramente criador de uma nova realidade, garantindo sua sobrevivência no planeta em uma nova era. Criando, transformando e evoluindo, baseado e aliado ao seu verdadeiro eu, que é a própria Natureza em si. Segundo ponto: nossa capacidade de criação é gigantesca - chegando a nos equiparar à Natureza. Ela precisa apenas ser ajustada para ser usada em sintonia com o mundo natural - nossa evolução tecnológica deve ser posicionada com intenção de nos reconectar e não afastar do meio ambiente. Este pensamento é válido para toda e qualquer nova ação sobre o planeta, mas inicia-se de forma mais contundente em nossas cidades, onde nossa grande maioria vive e onde os maiores problemas hoje existem. A requalificação urbana será palavra-chave deste novo momento, para o qual os fundamentos da Quarta Natureza serão essenciais nas mais diferentes formas e intensidades, entendendo a cidade como uma das formas da Natureza. O quarto Distrito, na cidade de Porto Alegre está esperando para ser o laboratório deste novo mundo. |