Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Roberto dos Santos |
Orientador(a): |
Frantz, Jose Carlos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/9987
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Resumo: |
A alteração hidrotermal que acompanham a mineralização de estanho no Distrito Estanífero de Encruzilhada do Sul tem relação espacial com intrusões graníticas e é o seu mais importante controle de ocorrência. Os granitos aos quais estão associadas as principais zonas de alteração hidrotermal estão incorporados na Suíte Intrusiva Cordilheira e na Suíte Intrusiva Campinas. Zonas de alteração hidrotermal com mica branca, turmalina, caolinita e cassiterita indicam intensa circulação de fluidos em um amplo intervalo de temperatura. As zonas de alteração micáceas acompanham veios de quartzo e contêm cassiterita. As zonas com alteração a caolinita são em geral estéreis e podem representar alteração hidrotermal de muito baixa temperatura ou mesmo alteração intempérica. O detalhamento das zonas de alteração hidrotermal permite reconhecer a presença de paragêneses de alta e de baixa temperatura. A primeira é constituída por zonas micáceas e zonas turmalinizadas, enquanto a segunda está representada por uma alteração onde domina a presença das zonas argilizadas. A análise dos fluidos associados aos produtos de alteração hidrotermal nas três principais minas do Distrito, Mina Cerro Branco, Mina Campinas e Mina Tabuleiro indicou a presença de fluidos aquosos e fluidos aquo-carbônicos no processo gerador da alteração hidrotermal. As temperaturas de homogeneização das fases fluidas variam em um amplo intervalo desde 440°C até 120°C. As zonas de alteração hidrotermal que acompanham os corpos graníticos da Suíte Intrusiva Cordilheira apresentam distribuição pervasiva por centenas de metros com predomínio de alterações contendo mica branca e turmalina. As zonas de alteração hidrotermal que acompanham os corpos da Suíte Intrusiva Campinas são limitadas à cúpulas e zonas de contato das injeções graníticas, com predomínio de alteração micácea, com veios de quartzo associados, e zonas argílicas subordinadas. As micas brancas associadas a greisen e a zonas de alteração micácea, geradas tanto sobre granitóides da Suíte Intrusivas Cordilheira quanto da Suíte Intrusiva Campinas, variam entre muscovita e fengita, com predomínio do politipo 2M1. O politipo 2M1 representa o maior volume de micas geradas durante a alteração hidrotermal. Politipo 3T também ocorre mas é menos freqüente e representa a formação de micas brancas sobre restos de biotita durante a formação de greisens. A composição de mica branca associada às zonas de alteração hidrotermal é marcada por aumento nos valores de Si e de Al que correspondem tanto a substituições tetraédricas quanto octaédricas. A mica branca hidrotermal gerada sobre granitos da Suíte Intusiva Cordilheira tem aumentos do número de cátions de Si por unidade de fórmula, no sítio IV, acompanhados por um pequeno aumento de AlVI sem variação significativa do Al total. No caso da mica branca gerada sobre granitóides da Suíte Intrusiva Campinas os aumentos de Si são acompanhados por aumentos de Altot e de AlVI com mesma magnitude. As zonas de alteração argílica estão presentes de forma importante apenas nas zonas de cúpula das intrusões graníticas da Suíte Intrusiva Campinas, com distribuição ao longo das margens de veios de quartzo e greisen em stockwork. O detalhamento das zonas argílicas indicou a presença de caolinita, haloisita 7Å e haloisita 10Å, sem a presença de dickita. Os processos hidrotermais que atuaram no Distrito Estanífero de Encruzilhada do Sul ocorreram em uma faixa de temperatura de cerca de 450°C até cerca de 120°C. A alteração argílica foi possivelmente iniciada sob a ação dos fluidos hidrotermais de mais baixa temperatura, com o volume final da alteração argílica sendo gerado por fluidos intempéricos que atuaram sobre as zonas de alteração argílica hidrotermal. |