Análise da tolerância ao herbicida iodosulfuron-methyl e seus mecanismos em genótipos de aveia influenciada por fatores ambientais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Queiroz, Andrew Rerison Silva de
Orientador(a): Vidal, Ribas Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197292
Resumo: A Avena sativa L. (aveia branca) é um dos cereais de inverno produzidos no Rio Grande do Sul com maior variabilidade de usos na agricultura. As plantas daninhas destacam-se como um dos principais limitantes aos elevados rendimento de grãos na cultura da aveia. No mundo existem poucos herbicidas registrados para o controle de daninhas nessa cultura. Os objetivos deste trabalho foram: caracterizar a tolerância ao herbicida iodosulfuron-methyl em genótipos de aveia utilizados no Programa de Melhoramento Genético de Aveia da UFRGS; avaliar a tolerância de plantas de aveia aos diferentes grupos químicos dos herbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase (ALS); identificar condições ambientais que favorecem a seletividade do herbicida à cultura e elucidar o mecanismo de tolerância de aveia ao produto. A caracterização da tolerância ao iodosulfuron-methyl em 20 genótipos de aveia, sob condições de casa de vegetação, indicou reduzida sensibilidade ao herbicida nos genótipos UFRGS 14, URS Guará, URS Guapa e UFRGS 017004-2, até a dose de 10 g ha-1 . Experimento em campo conduzido em 2013 demonstrou que iodosulfuron-methyl na dose de 5 g ha-1 afetou o rendimento de grãos dos genótipos URS Guará e URS Guria, mas não afetou o rendimento de grãos do genótipo UFRGS 14. Em contraste, no experimento de 2014, o rendimento de grãos de cinco genótipos de aveia, incluindo URS Guará, URS Guria e UFRGS 14, foi prejudicado pelo iodosulfuron-methyl, mesmo na dose de apenas 2,5 g ha-1 . O impacto das condições ambientais na seletividade de iodosulfuron-methyl foi independente do horário de aspersão (10:00, 13:00 e 16:00 horas) ou do genótipo (URS Guará e URS Guria). Em experimento de casa de vegetação, a dose de iodosulfuron-methyl necessária para promover 50% de injúria nas plantas de aveia incrementou-se proporcionalmente à temperatura do ar (entre 10 e 32 °C) na semana posterior à aplicação. Experimentos conduzidos em casa de vegetação não indicaram tolerância cruzada aos herbicidas imazethapyr, nicosulfuron e bispyribac-sodium nos genótipos UFRGS 14, URS Guará, URS Guria e UFRGS 18, mas eles foram menos sensíveis ao penoxsulam. A atividade da enzima ALS, extraída de plantas de aveia, foi sensível ao iodosulfuron-methyl. O incremento do efeito do herbicida em plantas de aveia tratadas com inibidores de enzimas de detoxificação (malathion+chlorpyrifos) do iodosulfuron-methyl, ou a redução da eficácia do mesmo em plantas aspergidas com estimulador de detoxificação (mefenpyr-diethyl), sugerem que a degradação do herbicida é o mecanismo envolvido na sua seletividade em plantas de aveia.