Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Targa, Leonardo Vieira |
Orientador(a): |
Camargo, Tatiana Souza de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/255955
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Resumo: |
O Brasil, a partir da constituição de 1988, propôs a si mesmo a nobre mas difícil tarefa de encarar a saúde de sua população como um direito universal e assumir, como papel do Estado, o dever de prover o necessário para isso, de forma igualitária. No longo e árduo caminho previsto para atingir tais objetivos, em especial tendo em vista o tamanho e diversidade nacionais, o problema da formação médica adequada em qualidade e volume, além da distribuição dos recursos humanos num território tão desigual é um dos grandes desafios enfrentados. A formação médica é, por sua vez, parte importantíssima neste cenário. É importante saber qual o impacto de diferentes estratégias de formação médica para uma distribuição de forma mais justa dos resultados de saúde proporcionados pelos avanços em saúde, acumulados pela humanidade em seu caminhar histórico. Neste estudo, apresentam-se e avaliam-se os resultados de políticas de descentralização da educação médica, especificamente para áreas rurais. Parte-se de uma revisão sobre a importância do assunto e de uma revisão de literatura científica sobre a situação mundial do tema, com um foco especial nas peculiaridades de nossa região sul-americana, ainda pouco estudada de forma sistemática. Após isso, apresenta-se uma experiência específica de educação médica rural, ocorrida no sul do Brasil e avaliam-se através de diferentes metodologias, os principais resultados observáveis, discutindo-os à luz da literatura internacional. Conclui-se que a educação médica rural apresenta importante efeito benéfico para a formação médica, para a distribuição de recursos humanos em saúde e para a equidade em saúde, além de se apresentarem desafios para a mesma. Para a primeira, em resumo, aproxima o perfil do egresso das recomendações das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Medicina, mais apto a responder adequadamente às necessidades de saúde brasileira. Além disso, potencializa a distribuição dos profissionais médicos diminuindo a carência rural e de locais remotos em acessar o Sistema de Saúde. A partir de certa forma de aplicação da Teoria do Ator-Rede, relata-se como redes de atuantes diferentes da formação médica padrão são mobilizadas para atingir estes diferentes desfechos. Sugere-se, por fim, a partir dos achados que emergem desses relatos, ações específicas para as políticas públicas e para experiências similares, apresentam-se elementos úteis para iniciativas independentes e, além disso, indica-se caminhos possíveis para futuras pesquisas na área. |