Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Simquevits, Nicole |
Orientador(a): |
D'Agord, Marta Regina de Leao |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/268341
|
Resumo: |
Esta dissertação coloca em cena o dispositivo apresentação de pacientes. Essa prática estava associada ao poder da instituição hospitalar onde um psiquiatra ensinava aos seus alunos por meio de uma entrevista com um paciente. Como prática de ensino, a apresentação de pacientes reproduzia um dispositivo de poder. Com base em registros de apresentações realizadas por Lacan em um Hospital Psiquiátrico e de depoimentos de profissionais que faziam parte do público, a pesquisa destaca os elementos com os quais foi operada uma subversão psicanalítica dessa prática psiquiátrica, a saber, o laço transferencial e a continuidade da escuta dos pacientes pelos profissionais. Seguindo na perspectiva psicanalítica, são analisadas as apresentações psicanalíticas que foram realizadas na Clínica de Atendimento Psicológico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul no recorte temporal de 1997 a 2019, as quais aparecerão em forma de vinhetas. Como achados dessa coletada de dados da pesquisa, destaca-se uma mudança de finalidade das apresentações. Inicialmente (1997), a finalidade era se obter um diagnóstico, no final do período (2019), trata-se de pensar direcionamentos para o tratamento de pacientes. Os resultados da pesquisa indicam que houve uma reinvenção dessas entrevistas como um dos dispositivos coletivos no tratamento psicanalítico das psicoses. Nesse dispositivo, o coletivo de psicoterapeutas demanda a um psicanalista que entreviste um dos pacientes atendido pela equipe. Ao assistir à entrevista no lugar do público, o coletivo repensará a escuta e o tratamento para aquele paciente. Assim, subvertida na sua relação de poder, essa prática será reinventada como transmissão de um saber que não se sabe. |