Características morfológicas e aspectos funcionais do telencéfalo de Betta splendens regan 1910

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Horn, Angelo Cássio Magalhães
Orientador(a): Rasia Filho, Alberto Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/256778
Resumo: Betta splendens é um peixe actinopterígeo da subordem dos anabatídeos que apresenta marcado comportamento agonista resultante do territorialismo que o caracteriza. Esse comportamento, ao lado de uma corte e cuidado com a prole elaborados, sugere funções telencefálicas altamente desenvolvidas para este peixe. Em razão disso, e de apresentar uma série de características favoráveis quanto a sua reprodução e manutenção, ele constitui-se em um modelo potencial para as Neurociências, principalmente no que tange o estudo da agressividade. Com o objetivo de caracterizar a estrutura e possíveis funções do telencéfalo, B. splendens machos e fêmeas foram utilizados para (1) elaborar um mapa neuroanatômico com base na topologia, topografia e citoarquitetura dos grupos celulares presentes nessa região do encéfalo, empregando as técnicas histológicas da Hematoxilina- Eosina (HE) e de Nissl, e determinar a densidade númérica para neurônios e células gliais nos núcleos supracomissural (Vs) e pós-comissural (Vp) do telencéfalo; e, (2) identificar a atividade da enzima NADPH diaforase (NADPH-d) por método histoquímico nas diferentes áreas e grupos celulares telencefálicos deste peixe frente a um paradigma comportamental para a agressividade. A primeira abordagem revelou que o telencéfalo de machos e fêmeas de B. splendens apresenta uma estrutura similar, com um bulbo olfatório composto por cinco camadas celulares concêntricas e hemisférios telencefálicos constituídos por 16 e 8 grupos celulares distintos em suas regiões dorsal e ventral, respectivamente, e que não há dimorfismo sexual quanto à densidade numérica para neurônios e células gliais de Vs e Vp, áreas homólogas à amígdala medial de mamíferos. O segundo trabalho demonstou que a marcação para a atividade da enzima NADPH-d no telencéfalo de B. splendens é específica para cada sexo, com mais corpos celulares marcados no telencéfalo ventral do que no dorsal. Mostrou também que o paradigma comportamental voltado a promover a agressividade gerou um aumento da intensidade da marcação como do número de estruturas marcadas no telencéfalo deste peixe. Tanto a caracterização morfológica quanto funcional do telencéfalo de machos e fêmeas de B. splendens aqui realizadas fornecem novos dados que vem a contribuir para a adoção dessa espécie como um modelo não mamífero para o estudo da neurobiologia da agressividade.