Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Hilgert, Jéssica Daiane |
Orientador(a): |
Thomé, Scheila Cristiane |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/251734
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Resumo: |
A três páginas de finalizar O ser e o nada, Sartre nos abandona a uma desconfortante prescrição — a de que o problema da eficácia, se referindo à capacidade da consciência de intervir em nossas ações, demanda uma resolução a ser ainda realizada, e a ser realizada pela metafísica. Dediquei este trabalho à avaliação de tal sentença, afirmada quase en passant na Conclusão da obra, a fim de buscar uma discussão no interior da filosofia sartriana e mesmo na condição atual da filosofia, sobre a relevância de nossa consciência para os nossos atos. Para cumprir essa tarefa, me detive inicialmente na descrição de transcendência dada em duas das relações que o para-si engaja com o em-si: a primeira delas sendo a relação de transcendência no conhecimento, a partir da qual evidencio que há insuficiência para se compreender a segunda, que é a relação de transcendência na ação. Além disso, explico como a negação, a consciência e o para-si se constituem pelo em-si, entendendo esta como uma das premissas mais fundamentais do pensamento de Sartre. Com relação à ação, ainda, investigo se poderíamos encontrar uma resposta para o problema da eficácia, respeitando os apontamentos feitos na parte final da obra, a partir da descrição que Sartre nos fornece para a ação e, com ela, para a liberdade. Discuto quais consequências o problema da eficácia pode trazer para sua concepção de liberdade, contrapondo a isso uma resposta possível pelo viés do corpo. Por fim, retomo uma crítica à filosofia ensejada por comentários de Renaut resgatados de uma leitura sobre Sartre e concluo com uma defesa da ação como finalidade da filosofia, entendendo que o problema da eficácia se estende para além de nossa leitura de Sartre e de sua principal obra. |