Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
De Boni, Raquel Brandini |
Orientador(a): |
Pechansky, Flavio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/37050
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Resumo: |
O consumo abusivo de álcool e os acidentes de trânsito (AT) são considerados problemas de saúde pública, sendo que, anualmente, causam a morte de 2,5 e 1,2 milhões de pessoas, respectivamente, em todo o mundo. A densidade de pontos de consumo de álcool (Alcohol Outlets - AO) vem sendo relacionada ao comportamento de beber e dirigir (Drive Under Influence - DUI), e este é fator de risco importante para AT. Contudo, essa associação permanece controversa na literatura internacional e não há no Brasil estudos que a tenham avaliado. Esta tese compreende três estudos distintos, apresentados em quatro artigos científicos, e tem como objetivo geral avaliar a associação entre a disponibilidade física de bebidas alcoólicas e o comportamento de beber e dirigir na cidade de Porto Alegre. Considerando a escassez de dados nacionais na área, os dois primeiros estudos (“Geoprocessamento e análise espacial de acidentes de trânsito e pontos de consumo de bebidas alcoólicas em Porto Alegre” e “Prevalência de alcoolemia positiva em vítimas de acidente de trânsito atendidas em emergências de Porto Alegre”) foram necessários para estabelecer os parâmetros do último, um inquérito para avaliar a prevalência DUI entre motoristas que freqüentam AO. O primeiro artigo (Traffic crashes and alcohol outlets in a Brazilian state capita) descreve um estudo transversal utilizando dados secundários, cujo objetivo foi determinar as áreas da cidade de Porto Alegre com maior concentração de AO e verificar sua associação com áreas de maior concentração de AT. Os dados foram analisados utilizando geoprocessamento e estatística espacial e não houve associação significativa entre AO e AT relacionados ao álcool, possivelmente porque a densidade de AO é elevada em todo o município. O segundo artigo (Factors associated with alcohol and drug use among traffic crash victims in southern Brazil) descreve um estudo transversal com amostra consecutiva obtida nos dois principais hospitais de emergência–trauma de Porto Alegre. Seu objetivo principal foi verificar a prevalência de alcoolemia positiva e de outras drogas entre as vítimas de AT. Os dados foram então tabulados para estimar os horários (turnos) de maior freqüência de AT relacionados ao álcool, que serviram como base para a estratificação dos turnos no estudo 3. Foram entrevistadas 609 vítimas, sendo que a prevalência de alcoolemia positiva variou de 7,8%, entre os motoristas, a 9,2% entre os pedestres. O terceiro estudo foi um “Inquérito entre motoristas que bebem em pontos de consumo de bebidas alcoólicas de Porto Alegre”, cujo objetivo foi determinar a prevalência de beber e dirigir e seus fatores associados a partir de uma amostra probabilística. O artigo 3 descreve as estratégias de método utilizadas para selecionar uma amostra representativa da população de motoristas que bebem em AO de porto Alegre, uma população flutuante. Foi desenhada uma amostra complexa em três estágios: 1) setores censitários estratificados pela densidade de AO (obtida no Estudo 1) e selecionados com probabilidade proporcional ao número de AO em cada setor; 2) combinação de AO e turno, estratificados pela prevalência de AT relacionados ao álcool (obtida no Estudo 2) e selecionados com probabilidade proporcional ao quadrado de sua duração em horas; 3) motoristas que beberam utilizando amostragem inversa baseada no screening dos que beberam nos AO selecionados. Os pesos amostrais foram obtidos com base nas probabilidades de inclusão na amostra e calibrados por meio de um estimador de pós-estratificação para assegurar coerência com os totais do screening. Foram abordados 3.118 indivíduos e entrevistados 683. Estimou-se que 151.573 motoristas beberam em bares no período do estudo e 56% deles pretendia dirigir na hora subseqüente. O artigo 4 mostra que a prevalência de DUI foi maior nas áreas de baixa concentração de AO, enquanto as áreas de alta concentração tiveram maior freqüência de jovens e indivíduos intoxicados por cocaína. Para cada um dos estudos são discutidas as limitações, as necessidades de continuidade nas pesquisas e as implicações para as políticas de Saúde. Os resultados indicam a necessidade de limitar a disponibilidade física de álcool ─ seja através da restrição do número de estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas ou do zoneamento de áreas para a vendaestratégias recomendadas internacionalmente como forma de prevenir as conseqüências do abuso de álcool. |