Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Carlucci, Roberto Bergmann |
Orientador(a): |
Holz, Michael |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/188811
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Resumo: |
A estratigrafia das rochas sedimentares da região de Cachoeira do Sul no estado do Rio Grande do Sul, pertencentes à Bacia do Paraná, no seu intervalo Eo-Permiano, foi analisada com utilização do arcabouço conceitual da Estratigrafia de Seqüências e através do estudo dos icnofósseis identificados. Abrangendo uma área de 2.592 Km2, o trabalho utilizou como fonte de dados: vinte furos de sondagens, com seus respectivos perfis descritivos, geofísicos (raios-gama) e testemunhos; pertencentes à Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM). Também foram estudados seis afloramentos, assim denominados: Mina do Iruí, Mina da Cascatinha, Fazenda N. Sª das Graças, Mina do Capané, Cerro Coroado e Barrocada. A faciologia da área correspondente às unidades litoestratigráficas Itararé, Rio Bonito e Palermo, foi dividida nas associações de fácies de 1 a 9, assim interpretadas: Arenitos Fluviais, Diamictitos e Conglomerados de Leques Aluviais; Diamictitos e Turbiditos; Pelitos e Arenitos Finos Marinhos; Carvão, Pelitos e Arenitos Flúvio- Deltaicos e Estuarinos; Carvão, Pelitos e Arenitos de Planície Costeira; Arenitos Marinhos Rasos (Ilhas de Barreiras ou Cordões Litorâneos); Arenitos e Pelitos de Planícies de Maré; Pelitos e Arenitos de Costa-Afora; e Arenitos Finos e Siltitos com Teichichnus. O estudo dos icnofósseis acrescentou informações importantes para um melhor entendimento da distribuição física dos paleoambientes deposicionais. Assim, as principais contribuições se deram para a interpretação das associações de fácies VII, VIII e IX, as quais apresentam os graus de bioturbação mais significativos da faciologia descrita. O condicionamento de ocorrência das icnofácies (Skolithos, Skolithos/Cruziana), com relação à intercalação dos subambientes de uma planície de maré; a icnofácies Glossifungites aparecendo, na maioria das vezes, demarcando o topo de ciclos de raseamento para o topo (parasseqüências); e a presença predominante do icnofóssil tipo Teichichnus, na Associação de Fácies IX, aliado a evidências como a pouca quantidade de matéria orgânica e altos níveis de energia do ambiente, indicando um meio agitado e com maiores taxas de sedimentação. Após a análise faciológica e icnológica, terminou-se o trabalho com o estabelecimento do arcabouço estratigráfico formado por três seqüências de terceira ordem. As superfícies limítrofes destas seqüências, são caracterizadas como discordâncias resultantes de movimentos positivos do embasamento, os quais causariam quedas do nível relativo do mar. Estas quedas pontuariam uma elevação contínua do nível marinho, resultante, primeiramente, do degelo ocorrido após a glaciação Neo- Carbonífera/Eo-Permiana e, após, da interação entre tectônica e eustasia; os quais imprimem um caráter transgressivo para a maior parte do pacote sedimentar estudado. |