Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Correa, Lizeth Katherine Pedraza |
Orientador(a): |
Alvares, Lucas de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197221
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Resumo: |
A atenuação de memórias aversivas é um dos grandes desafios da psiquiatria translacional e da prática clínica. Atualmente duas estratégias comportamentais têm sido estudadas, a extinção e a reconsolidação da memória. A primeira é baseada em repetidas exposições aos estímulos traumáticos num ambiente seguro. A reconsolidação por outro lado se mostra promissora, no entanto ainda não conseguiu permear no tratamento clínico e continua em debate sua implicação prática em humanos. Neste trabalho, testamos os efeitos da cafeína e da fluoxetina na reconsolidação e extinção de memórias aversivas contextuais em ratos. A cafeína conseguiu reduzir o medo condicionado em memórias fracas, fortes e muito intensas, assim como memórias remotas. No caso da fluoxetina, animais tratados cronicamente conseguiram discriminar melhor entre o contexto de treino e um contexto neutro, além de facilitar a extinção. O mecanismo pelo qual a fluoxetina afeta a generalização e a extinção parece ser através do contínuo engatilhamento do hipocampo durante a evocação e tal efeito depende de uma remodelação dos espinhos dendríticos no hipocampo, principalmente aqueles espinhos maduros, tipo cogumelo. Em populações não tratadas e categorizadas como discriminadores e generalizadores, foi encontrada uma correlação negativa entre a maior taxa de discriminação e menores níveis de congelamento no teste da extinção, mostrando que possivelmente o efeito induzido pela fluoxetina na extinção pode ser explicado pela manutenção da discriminação. O resultado se mostrou também associado com dependência hipocampal durante a evocação da memória. Em conjunto, nossos resultados mostraram que sustâncias amplamente consumidas como a cafeína e a fluoxetina podem atenuar memórias aversivas por mecanismos diferentes. Além do debate acerca de novas perspectivas clínicas, discutimos nossos resultados com base na teoria da consolidação sistêmica da memória. |