Caracterização gênica de cepas de Escherichia coli causadoras de endometrite em éguas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Castro, Fabiana Santos
Orientador(a): Mattos, Rodrigo Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/281810
Resumo: O papel da Escherichia coli na patogenia da endometrite equina é em grande parte desconhecida. Sugere-se que a E. coli induz uma resposta inflamatória menos exsudativa e provoca uma maior lesão no tecido endometrial do que S. zooepidemicus. Além disso a infecções por E. coli são relatadas como as mais problemáticas a resolver. Dessa forma, a determinação de fatores de virulência da E. coli pode ser um ponto fundamental para caracterizar cepas que induzam uma maior resposta inflamatória e de que forma a sua composição antigênica tenha um comportamento de autodefesa, tornando-a difícil de ser isolada e até mesmo eliminadas do ambiente uterino por mecanismos de defesas celulares. Dessa forma os objetivos do trabalho foi verificar a ocorrência de genes de virulência e toxicidade em isolados de E. coli. Comparar a frequência dos genes de virulência Stx1, Stx2, eaeA, ehxA, hlyA, iuc, ibeA, fimH, kpsmII em amostras de E. coli isoladas do útero, de fezes e da vulva; estabelecer relação entre a presença de E.coli, com a sintomatologia clínica e seus fatores de virulência 24 horas após infecção experimental em éguas. Além de verificar a produção de biofilme in vitro, e identificação dos filogrupos patogênicos e não patogênicos das E.coli isoladas. Dessa forma, em relação à porcentagem de presença de cada gene estudado: Stx1 (28,57%); Stx2 (57,14%); eaeA (14,28%); ehxA (14,28%); hlyA (28,57%); iuc (28,57%); ibeA (14,28%); fimH (85,71%); KpsMII (14,28%). cepa I - iuc; cepa II – stx2, hlyA e fimH; cepa III – stx2 e fimH; cepa IV – Stx1, eaeA, iuc e fimH; cepa V cepa Stx2, hlyA, ibeA, fimH, KpsMII; a cepa VI apresentou somente o gene fimH; e a cepa VII identificou os genes Stx1, Stx2, ehxA, fimH. Na formação de biofilme in vitro, a cepa VI teve leve produção de biofilme, e cepa V produção forte de biofilme, além de possuir maior número de genes do estudo (hlyA, Stx2, fimH, kpsmII, ibeA). Estas cepas isoladas foram inoculadas experimentalmente em 6 éguas diferentes, clinicamente normais com exame citológico e bacteriológicos negativos. Um dia após a infecção, foi realizado exame clínico do trato genital incluindo, ultrassonografia, citologia endometrial e bacteriologia. A endometrite causada pelas E.coli provocou citologia positiva e as éguas desenvolveram sinais clínicos vaginais de endometrite e líquido uterino. O gene do fator de virulência fimH foi o mais prevalente e o mais significativo, entre as E.coli na infecção intrauterina equina.No entanto, somente a cepa com presença do gene KpsMII, apresentou forte produção de biofilme. Na interpretação do grupo filogenico das amotras de E.coli estudadas, a maioria das cepas fazem parte do grupo A e B1, dessa forma, denominadas por cepas comensais. Os dados apresentados neste trabalho indicam que isolados de E.coli recuperados do útero de éguas apresentam ampla diversidade genética. Mesmo que a maioria das cepas de E.coli estudadas façam parte do grupo filogênico de comensais, éguas que não apresentaram presença de liquido , e crescimento bacteriano , não é indicativo de égua saudável, devido à presença de neutrófilos no exame citológico, o que pode ser devido a produção de biofilme dessas cepas.