Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Christo, Dirce Cristina de |
Orientador(a): |
Anjos, José Carlos Gomes dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197599
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Resumo: |
Esta dissertação se refere a uma etnografia feita na comunidade quilombola Macaco Branco, localizada no município de Portão, Rio Grande do Sul, Brasil. Trata-se de um conhecimento localizado, construído a partir de um lugar de pesquisadora mulher e mãe, em diálogo com as mulheres quilombolas que participaram da pesquisa. Primeiramente, é feita uma contextualização do quilombo dentro do paradigma da modernidade colonial, identificando uma ontologia distinta dentro da comunidade, que não separa natureza e cultura e mantém um modo coletivo de estar no território, que resiste ao êxodo rural. Localizam-se também os riscos que rondam a territorialidade quilombola numa sociedade racista e patriarcal, evidenciando a forma como raça e gênero constroem diferentes formas de estar no território para homens e mulheres. Sendo os corpos das mulheres negras os que mais correm risco no contexto da colonialidade, estes corpos são terreno fecundo para a produção da resistência, de modo que as mulheres orquestram formas de proteger o territórioterra e também seus territórios-corpos. A partir disso, é feita uma exposição do processo de fala e escuta que se deu com as mulheres, evidenciando os conhecimentos que formulam a partir de suas práticas e os desejos de mudança que as acompanham. Por fim, a medicina tradicional da chazeira Dona Olinda traz à tona a forma compartilhada de produção de conhecimento no território, através da criação de alianças com as plantas. O medo que ronda suas práticas a leva a uma luta por reconhecimento, que se lança à arena pública na esteira da emergência das comunidades quilombolas como sujeitos políticos no Brasil. |