Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Fabis, Camila da Silva |
Orientador(a): |
Wanderer, Fernanda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/270668
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Resumo: |
A presente tese é fruto de uma pesquisa desenvolvida com o objetivo de problematizar os efeitos produzidos pela implementação da reforma do Ensino Médio (EM) em professores e estudantes de um colégio pertencente a uma rede de escolas posicionada como uma das primeiras instituições a implementar o (novo) Ensino Médio (Lei 13.415/2017) no Brasil. Vinculados a esse objetivo geral, estão os seguintes objetivos específicos: 1) examinar os efeitos curriculares engendrados para professores e estudantes pela implementação da nova proposta de EM na escola; 2) discutir marcas do “novo” currículo, permeado por processos relacionados à flexibilidade curricular e ao entretenimento na escola do pós-industrial. Os aportes teóricos que sustentam a investigação são as teorizações inspiradas em Michel Foucault. O material de pesquisa examinado é formado pelo seguinte conjunto: oito cadernos que subsidiaram a implementação do novo EM na escola investigada; questionários para professores e alunos; entrevistas online com quatro docentes; e três diálogos de grupos online com mais de 25 estudantes. A estratégia analítica usada para operar sobre o material foi a análise do discurso foucaultiana. O exame do material mostrou que o deslocamento do regime produtivo da escola da indústria, por meio da implementação do currículo do (novo) Ensino Médio, produziu a flexibilização em três eixos de funcionamento: 1) na diversificação, no entretenimento e na letificação das práticas de sala de aula; 2) na estetização dos espaços e na variação dos tempos e das metodologias escolares; 3) nas avaliações contínuas e sistemáticas atravessadas pelo imperativo da performance e do desempenho. Assim, esta tese sustenta que a implementação do (novo) Ensino Médio na escola da indústria passa a produzir um regime ao mesmo tempo estético e performático nas tramas da flexibilidade, tensionado pela performance e pelos excessos advindos da contemporaneidade. Por meio de estratégias com foco no interesse juvenil, vinculadas às práticas de entretenimento, operam-se sentidos curriculares flexíveis, de envolver para aprender, cuja mobilização se dá a partir de uma docência “donjuanesca”, generalista e interativa, em que a sedução e a liberdade são táticas para conduzir, performar e profissionalizar a juventude para o mundo do trabalho contemporâneo. |