Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Daila Alena Raenck da |
Orientador(a): |
Teixeira, Luciana Barcellos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/132929
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Resumo: |
Introdução: A Aids possui mais de três décadas de existência, e neste período, ocorreram modificações no perfil da epidemia. O advento da Terapia Antirretroviral Altamente Ativa (HAART) proporcionou aumento da expectativa de vida e redução na mortalidade. Apesar disso, a epidemia cresce e novas estratégias de enfrentamento têm sido implantadas, visando a redução do número de casos de HIV. Uma dessas estratégias é o oferecimento de teste rápido anti-HIV para diagnóstico precoce. Essa estratégia vem sendo aplicada em todo o território nacional, pois apresenta grande potencial para intervir no curso da epidemia. Nesse sentido, conhecer o perfil dos usuários do teste rápido e os fatores associados à infecção pelo HIV é de extrema utilidade para o enfrentamento da doença, particularmente, no que tange às estratégias de prevenção. Objetivo: Este trabalho tem o objetivo geral de identificar os fatores associados à infecção pelo HIV, entre usuários que se submeteram ao teste rápido anti-HIV, em um serviço de referência na cidade de Porto Alegre. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, analítico, transversal. A amostra foi constituída por usuários que realizaram o teste rápido Anti-HIV num serviço de referência da cidade de Porto Alegre, de 2012 a 2014. O cálculo amostral definiu a inclusão de 369 sujeitos, para estimar a prevalência de resultados positivos de teste rápido anti-HIV, com uma proporção de até 30% e um erro aceitável de 5%. A variável de desfecho do estudo é o resultado do teste Anti-HIV e as variáveis de exposição foram utilizadas para descrição do perfil dos usuários do serviço e investigação dos fatores associados. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS ® ) versão 20. As variáveis categóricas foram expressas por números absolutos e percentuais e as variáveis contínuas por média ± desvio padrão. Comparações entre os grupos foram realizadas por meio do teste de homogeneidade de proporções, baseado na estatística de qui-quadrado de Pearson. Fatores associados à infecção pelo HIV foram investigados pelo modelo de regressão de Poisson com variância robusta. O teste de Wald foi utilizado para a seleção de variáveis no modelo. O nível de significância estatística de 5% foi utilizado para considerar fatores que estavam associados ao desfecho do estudo. O protocolo do estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Comitê de Ética em Pesquisa da prefeitura Municipal de Porto Alegre. Resultados: Do total de 3.183 sujeitos, 15,3% apresentaram infecção pelo HIV e 40% já havia realizado testes anti-HIV previamente. A média de idade foi de 36,72 ±12,97 anos. Os fatores associados à infecção pelo HIV foram: cor não branca (p=0,031), sexo masculino (p=0,041), baixa escolaridade (p<0,001), prática de sexo anal (p<0,001), ocorrência de IST durante a vida (p=0,007), teste reagente para hepatite B (p=0,002) e teste reagente para sífilis (p<0,001). Discussão: Foi encontrada uma prevalência elevada de infecção pelo HIV, que pode ser explicado por ser um serviço de procura estratégica por exposição (risco), pela localização (centro da cidade) e pelo perfil populacional da região (sobreposição de contextos de vulnerabilidade).A razão de prevalência da cor não branca, sexo masculino, faixas mais baixas de escolaridade e ocorrência de IST alguma vez na vida mostram o perfil já documentado em relação à Aids. Embora os usuários apresentassem diferentes definições de opção sexual, a prática de sexo anal foi bastante elevada, constituindo-se como um fator de risco para a infecção pelo HIV. Também foi observado que ter um teste reagente para hepatite B e sífilis, aumentou em 20 e 30%, respectivamente, a prevalência de infecção pelo HIV. Conclusões: Este estudo evidencia que os usuários do teste rápido apresentam um perfil de práticas sexuais não seguras ao longo da vida, pois são indivíduos que frequentemente apresentaram ocorrência de IST durante a vida, e muitos com o diagnóstico de hepatite B e sífilis junto com o diagnóstico da infecção pelo HIV. É justamente a exposição contínua aos riscos durante a vida que remete aos contextos de vulnerabilidade aos quais estes sujeitos estão inseridos, e que leva à procura do teste, visto que uma expressiva proporção da amostra já havia realizado testes anti-HIV anteriormente. |