O silêncio disciplinado : a invenção dos surdos a partir de representações ouvintes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Lulkin, Sérgio Andrés
Orientador(a): Skliar, Carlos Bernardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/83551
Resumo: Esta dissertação aborda representações do sujeito surdo e da surdez construídas no interior de discursos religiosos, médicos, filosóficos, antropológicos e pedagógicos, que marcaram a educação de pessoas surdas desde o século XVIII até o final do século XIX. Os fundamentos para essa abordagem encontram-se nos campos dos Estudos Surdos e dos Estudos Culturais britânicos, com ênfase no conceito de Representação entendido, neste trabalho, como um processo de construção de um conhecimento específico sobre a comunidade de pessoas surdas, através de linguagens culturalmente compartilhadas. Nessa perspectiva, a concepção de Cultura é central para as discussões desenvolvidas, já que a sociedade majoritariamente ouvinte produz, em seus espaços de poder, os sentidos que os termos “surdo” e “surdez” adquirem, e o modo como esses conceitos são disponibilizados ao longo de diferentes períodos históricos. A circulação desses termos não é simplesmente uma questão retórica: argumento, ao longo do texto, que essas representações refinaram-se e mantêm suas marcas nos procedimentos pedagógicos contemporâneos, sobretudo no que denominei “mostras públicas” - espetáculos e outros eventos onde o sujeito surdo está exposto diante de uma platéia - concebidas pelas poéticas e pelas políticas sob o controle de pessoas ouvintes.