Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Michele Silveira da |
Orientador(a): |
Garcia, Rosane Nunes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/181390
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Resumo: |
O conceito de saúde usado na sociedade tem mudado constantemente durante a história. Atualmente, deixou-se de associar o processo saúde-doença como opostos, dando lugar a conceitos que abrangem o bem-estar físico, social e ambiental do indivíduo. A partir disso, desenvolveram-se conceitos que organizaram o ensino da temática saúde: a Promoção em Saúde, que abrange a estruturação social de acesso a saúde; a Educação em Saúde (EeS) que se preocupa com um enfoque escolar que vise a emancipação dos estudantes a tomar decisões acerca da sua saúde e do ambiente onde vive; e a Alfabetização em Saúde, uma ferramenta para a implementação da EeS. Para que essas tendências sejam aplicadas é preciso que a formação dos profissionais esteja em acordo. Assim, um dos objetivos deste trabalho foi analisar como a formação de professores em cursos de Licenciatura em Ciências Naturais e Ciências Biológicas de instituições de ensino superior na Região Metropolitana de Porto Alegre está desenvolvendo temáticas relacionadas à saúde. Para isso realizamos uma pesquisa de caráter quali-quantitativo que utilizou como método a análise de conteúdo de Bardin (2014). Os documentos analisados foram os Planos Pedagógicos (PPC), os currículos dos cursos e a Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Utilizamos também as respostas de um questionário por estudantes em final de curso, além de realizarmos uma revisão bibliográfica utilizando o termo em inglês Health Literacy (HL) usado no Brasil. Os resultados da pesquisa possibilitaram a elaboração de quatro produções textuais científicas. A primeira, artigo apresentado no XI Encontro Nacional de Pesquisa e Ensino de Ciências (XI ENPEC), investigou os PPCs e os currículos dos cursos de Licenciatura. A segunda, analisou as concepções dos estudantes concluintes dos cursos de Licenciatura em Ciências Naturais e de Ciências Biológicas sobre saúde, assim como suas dificuldades em trabalhar o tema. A terceira, analisou a BNCC quanto a forma como a saúde é apresentada nas três versões do documento, se de acordo com a EeS ou ligada ao higienismo e sanitarismo. A quarta, apresentada no II Encontro Regional de Ensino de Ciências (II EREC), fez uma revisão do termo HL nas pesquisas desenvolvidos no Brasil, tentando elucidar como e por quem está sendo feita a pesquisa sobre o tema no país. Observamos que os concluintes dos cursos se sentem inseguros, principalmente para abordar temas como a sexualidade, que transcendem o campo da biologia, e também conceitos relacionados a doenças. Infelizmente, a BNCC, documento que orienta a organização curricular da Educação Básica no país, também não tem uma visão única esclarecedora sobre a saúde. Em seu texto as abordagens se misturam e vários aspectos importantes não são trabalhados. Muito disso se deve a EeS ainda não constituir um campo de pesquisa concreto no Brasil, o que podemos observar quando analisamos que os estudos sobre HL são predominantemente realizados em áreas como a enfermagem, e não a educação. Concluímos que a formação dos profissionais docentes apresenta algumas lacunas, principalmente relacionadas aos contextos sociais e ambientais da saúde e ainda está bastante ligada a concepções biologicistas. |