Expansão estatal, capitalismo e burocracia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1980
Autor(a) principal: Borghetti, Luiz Carlos
Orientador(a): Fachin, Roberto Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/17506
Resumo: Baseado num posicionamento crítico perante a denominada teoria da administração, o autor propõe uma análise do comportamento da administração pública nas empresas estatais brasileiras, a partir dos limites estruturais-históricos que conformam o campo dentro do qual agem os atores sociais. O argumento básico do trabalho é o de que as especificidades históricas brasileiras, sem prejuízo da utilização crítica de quadro s referenciais teóricos desenvolvidos em outros contextos, são um elemento crucial para a compreensão do comportamento administrativo nas organizações locais.os postulados da teoria da administração, desde o Taylorismo até a teoria dos sistemas abertos, obscurecem ou desconsideram os determinantes históricos-políticos, econômicos, e ideológicos - do comportamento administrativo. Daí que nos levam a elaborar interpretações falsas ou parciais da realidade. A análise do comportamento da administração das empresas estatais brasileiras elabora pelo autor, faz uso de um referencial teórico histórico-estrutural, valendo-se em especial da ciência política e da sociologia. Analisando um caso particular - uma empresa estatal real - o autor explora as relações entre o comportamento dos seus dirigentes e os seus determinantes, econômicos, ideológicos e políticos. Neste último nível, destaca as relações do Estado com a sociedade civil, e as relações internas na estrutura organizacional do Estado. As conclusões realçam algumas questões. Primeiramente, a eficiência e a eficácia da empresa estatal, vistas de uma ótica política, apresentam-se de acordo com os interesses da direção. Daí resulta que a racionalidade burocrática na empresa estatal. Por sua vez os interesses da direção coadunam-se com os interesses dominantes a nível do Estado. Em segundo lugar, esta questão remete ao problema do controle das empresas estatais, as quais apresentam-se formalmente com objetivos sociais. Tal questão envolve-se com a democratização da sociedade, o que pressupões também a democratização das gestão organizacional. Os postulados clássicos impossibilitam a compreensão das influências do contexto da sociedade no comportamento administrativo. Os postulados atuais, fundamental na teoria dos sistemas abertos, obscurecem o exercício da dominação nas organizações. Por conseguinte, não questionam a distribuição do poder na sociedade, e comprometem seus status cientifico ao desconsiderar as lutas pela democratização na sociedade e nas organizações.