Processos cognitivos em indivíduos com esquizofrenia da América Latina : investigação de fatores demográficos, sociais e clínicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Czepielewski, Letícia Sanguinetti
Orientador(a): Gama, Clarissa Severino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/217550
Resumo: Contexto: A população da América Latina é uma das mais diversas do mundo pela mistura de diferentes grupos étnicos. No entanto, enfrenta desafios únicos provenientes da violência e da desigualdade. Não existem estudos em larga escala descrevendo as características dessa população e os possíveis impactos do meio nos desfechos da esquizofrenia. Portanto, nosso objetivo é descrever o desempenho cognitivo de uma amostra representativa de indivíduos latino-americanos com esquizofrenia e sua relação com fatores funcionais e clínicos. Além disso, nosso objetivo é analisar como os fatores socioeconômicos se relacionam com o desempenho cognitivo em pacientes e controles. Métodos: Foram incluídos 1125 participantes de 5 países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México): 814 indivíduos com esquizofrenia e 311 controles saudáveis. Todos os participantes fizeram parte de projetos de pesquisa que incluíam avaliação cognitiva pela MCCB e avaliações clínicas. Resultados: Os pacientes apresentaram pior desempenho cognitivo comparados aos controles, que foram generalizados entre os domínios. A idade e o diagnóstico foram preditores independentes, indicando trajetórias semelhantes de envelhecimento cognitivo para pacientes e controles. A educação teve um papel significativo na melhor cognição dos pacientes, que também foi influenciada pela sintomatologia dos indivíduos. Os fatores sociais de renda e escolaridade dos pais foram mais relacionados a maiores comprometimentos cognitivos em pacientes do que em controles. Conclusões: Os pacientes não mostraram evidências de envelhecimento cognitivo acelerado; no entanto, eles foram mais afetados por um ambiente desfavorecido do que os controles. Esse achado pode indicar uma vulnerabilidade de indivíduos com psicose que poderia levar os pacientes a serem mais impactados pela exposição crônica a fatores sociais.