O “conceito” de inovação na perspectiva dos stakeholders: uma investigação a partir dos ecossistemas de inovação de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Venturini, Jonas Cardona
Orientador(a): Mocelin, Daniel Gustavo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/254334
Resumo: O “conceito” de inovação assume múltiplos significados quando são considerados os diferentes agentes interessados – stakeholders, que atuam em ecossistemas de inovação. Esses ambientes envolvem empresas e outros agentes parceiros, como governos e universidades, que no seu conjunto acabam criando condições mais favoráveis ao processo de inovação. A morfologia típica dos ecossistemas de inovação coloca agentes de natureza diversa em interação. Os diferentes agentes interessados possuem motivações, assumem funções e têm objetivos que podem ser bastante distintos, inclusive opostos. Dessa maneira, esse estudo buscou demonstrar que a atuação (papel, motivação e contribuição) de stakeholders nos ecossistemas de inovação estabelecido nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina não depende deles conceberem uma concepção de inovação que seja convergente ou que esteja precisamente em sintonia com o conhecimento científico e especializado sobre a dinâmica do processo e da gestão da inovação. O arcabouço teórico teve como base na reflexividade e monitoramento da ação; o conceito de inovação; ecossistemas de inovação e teoria dos stakeholders. O estudo contou com 6 hipóteses que derivaram da teoria. Os procedimentos metodológicos indicam um tipo de pesquisa exploratório, sendo que os referidos procedimentos utilizados foram pautados com 25 entrevistas nos 2 ecossistemas de inovação, sendo 10 em Santa Catarina e 15 no Rio Grande do Sul. A técnica de análise de dados foi a análise de conteúdo. Sob o ponto de vista dos principais resultados obtidos no estudo, destaca-se uma desarticulação entre os conceitos e as ações dos diferentes stakeholders tanto no discurso, quanto no campo. Os ecossistemas de inovação apresentam amplo espaço para debate e articulações de discursos, políticas e ações. Sob a forma de conhecimento apresentam formas especializadas (com noções práticas), mas com traços de carência de um maior domínio teórico. Esse destaque é perceptível nas falas dos stakeholders que representam o elo do público nos ecossistemas. Ainda, é importante mencionar que na realidade brasileira a falta de políticas assumidas de Estado coíbe uma linha continua de atuação dentro de uma pauta propositiva, que nesse caso, indica-se para a inovação. Não há um protagonismo explicito na multiplicação do conceito e das práticas de inovação dos atores públicos, tampouco no que diz respeito a políticas perenes de promoção da inovação e da prática de inovação.