Famílias negras no planalto médio do Rio Grande do Sul (1940-1960) : terra, migração e relações familiares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Aguilar, Maria do Carmo Moreira
Orientador(a): Weber, Regina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/76244
Resumo: O objetivo central desta pesquisa é analisar o período de itinerância de um grupo familiar residente no quilombo Rincão dos Caixões, localizado no município de Jacuízinho, situado no Planalto Médio do Rio Grande do Sul. Ao abordar a questão das migrações, verificaram-se as estratégias desenvolvidas pelo grupo na busca por postos de trabalho, a recuperação da estabilidade perdida e as relações familiares tecidas neste contexto de constantes deslocamentos. Esta coletividade tem sua origem em outro território negro, denominado Sítio Novo/Linha Fão, localizado no município de Arroio do Tigre. Esta área foi cedida a um grupo negro nos anos iniciais do século XX, porém, seus ancestrais habitavam a localidade desde os tempos do cativeiro. A delimitação temporal focaliza-se entre meados de 1940, momento da perda de parte do território do Sítio Novo/Linha Fão e 1960 quando a família se fixou na área do quilombo Rincão dos Caixões. O período delimitado, no entanto, recua para o período final da escravidão (1870-1890) para reconstituir o contexto de territorialidades negras na região em questão, na época da doação da parcela de terras, marcando com isso o inicio da territorialização negra no quilombo Sítio Novo/Linha Fão. A pesquisa desenvolvida se utilizou de fontes orais e escritas. Conta com um acervo de 30 entrevistas, realizadas entre 2008 e 2011, e, através de testamentos, inventários post-mortem, e processos criminais, buscou-se reconstituir aspectos das experiências de famílias de escravos e libertos na localidade em questão.