Caracterização imunoistoquímica da população linfocitária septal e perisseptal na cirrose secundária à hepatopatia alcoólica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Cerski, Carlos Thadeu Schmidt
Orientador(a): Silveira, Themis Reverbel da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/110194
Resumo: Introdução e objetivos: a patogênese da hepatopatia alcoólica envolve três mecanismos patogênicos. O primeiro corresponde à agressão direta do álcool e de seus resíduos metabólicos sobre os hepatócitos, o segundo é devido ao aporte de endotoxinas provenientes da circulação portal o que desencadeia uma resposta inflamatória inata, e o terceiro, uma provável resposta imunológica adquirida contra neoantígenos. Considerando a possibilidade deste último mecanismo patogênico ser similar ao da hepatite crônica, estudamos explantes de pacientes com cirrose alcoólica em abstinência e comparamos suas características imunoistoquímicas com cirróticos de etiologia viral C. Materiais e métodos: foram estudados imunoistoquimicamente o infiltrado linfocitário septal e perisseptal de 34 explantes de cirróticos alcoólicos e 40 explantes de cirróticos virais C. Resultados: na avaliação das colorações de HE, não houve diferença significativa entre os dois grupos. As alterações estatisticamente significativas encontradas foram: (a) nas C-VHC o componente T-CD8+ intenso tanto na hepatite de interface como no infiltrado septal, neste último acompanhado pelos T-CD4+; (b) nas C-HA intenso componente linfocitário B-CD20+ com presença de folículos linfóides nos septos fibrosos e, componente igualmente intenso, na hepatite de interface. Conclusões: a hepatite de interface também ocorre nas C-HA e não difere, nas preparações histológicas habituais, daquela encontrada na C-VHC. O infiltrado linfocitário septal e perisseptal T-CD4+ e T-CD8+ tende a ser mais difuso e intenso nas C-VHC e mais focal nas C-HA que apresenta um componente mais significativo de B-CD20+. O modelo por nós estudado, na medida em que afasta a ação direta do álcool e a da resposta inflamatória inata constitui um modelo promissor para o estudo da resposta inflamatória adquirida na patogênese da hepatopatia alcoólica.