Associação entre níveis reduzidos de 25-hidroxivitamina D e doença renal do diabetes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dall'Agnol, Angélica
Orientador(a): Silveiro, Sandra Pinho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/178981
Resumo: INTRODUÇÃO: Níveis reduzidos de 25-hidroxivitamina D [25 (OH) D] têm sido relacionados ao desenvolvimento e progressão da doença renal do diabetes (DRD), porém essa observação não é universal. Além disso, ensaios clínicos de reposição de vitamina D nos pacientes com DRD têm demonstrado resultados divergentes em relação a possíveis efeitos benéficos sobre a função renal. OBJETIVO: O objetivo dessa revisão foi identificar e analisar os estudos publicados que avaliaram a associação entre deficiência de vitamina D e o surgimento e curso evolutivo da DRD e do efeito da suplementação dessa vitamina sobre parâmetros de função renal no diabetes melito (DM). MÉTODOS: Foi revisada a base de dados do PubMed com os seguintes termos Mesh: diabetes kidney disease OR Diabetic Nephropathies OR diabetic nephropathy AND Vitamin D OR Ergocalciferols OR Vitamin D-Binding Protein OR Vitamin D Deficiency OR Cholecalciferol. RESULTADOS: Foram identificados 595 artigos entre o período de janeiro 1980 a abril de 2017, sendo excluídos 572 artigos que avaliavam a relação da deficiência da 25 (OH) D com outros desfechos que não a DRD - na maioria desfechos ósseos. Dessa forma, 25 estudos atenderam os critérios de inclusão: dos estudos observacionais, 9 artigos apresentavam delineamento transversal e 5 tinham delineamento longitudinal, 9 eram ensaios clínicos. Dos 9 estudos transversais, 7 mostravam que quanto mais avançado o estágio da DRD, avaliado por meio da albuminúria, menores eram os níveis de 25 (OH) D. Os estudos longitudinais de forma homogênea evidenciaram que níveis mais baixos de vitamina D são preditores de progressão da doença renal para fases mais avançadas. No entanto, nos ensaios clínicos de reposição de vitamina D, de forma divergente, 5 mostraram redução dos níveis de albuminúria após o uso, enquanto em 4 não foi comprovado efeito. CONCLUSÃO: A revisão dos estudos disponíveis demonstra que níveis mais baixos de 25OH vitamina D parecem ser preditores de evolução desfavorável da doença renal, embora não se possa excluir a existência de fatores de confusão; não há unanimidade de benefício entre os ensaios clínicos de reposição da vitamina D.