Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Segabinazi, Ethiane |
Orientador(a): |
Silva, Lenir Orlandi Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/283299
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Resumo: |
Processos emocionais e cognitivos podem ser aprimorados ou prejudicados conforme as experiências vivenciadas pelo indivíduo. Por exemplo, o estresse psicológico é um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade, distúrbios mentais muito comuns na atualidade que frequentemente são acompanhados por déficits cognitivos. Já o exercício aeróbico pode aprimorar a resiliência emocional e aspectos cognitivos de seus praticantes. Embora bem menos explorado, alguns estudos mostram que o exercício resistido também pode beneficiar tais funções em situações fisiológicas e patológicas. Essa modalidade de exercício também parece ser útil no manejo do estresse e de suas consequências. Visto isso, este estudo foi delineado para comparar os efeitos da modalidade aeróbica e de resistência sobre o comportamento do tipo-ansioso, a flexibilidade cognitiva e a neuroplasticidade de ratos adultos saudáveis. Além disso, o presente estudo também verificou se o exercício de resistência pode prevenir ou mitigar os déficits nesses comportamentos causados pelo modelo de estresse crônico imprevisível (ECI). No capítulo 1, o comportamento de ratos Wistar submetidos a protocolos crônicos moderados de exercício, aeróbico em esteira ou resistido em escada vertical, foi avaliado nos testes de Labirinto em cruz elevado (LCE), Teste claroescuro (CE) e Modified Hole Board (mHB). A expressão de sinaptofisina e proteína de densidade pós-sináptica- 95 no hipocampo dorsal e ventral também foi avaliada. No capítulo 2, ratos Wistar foram submetidos a um protocolo de exercício resistido em escada vertical e/ou a ECI. Tais procedimentos foram mantidos durante as avaliações no LCE e mHB. O ganho de peso corporal e o peso relativo das glândulas adrenais também foi examinado. Os principais achados desse estudo são que: 1) somente o exercício aeróbico em esteira teve efeito ansiolítico, mas esse efeito foi transitório; 2) ambas as modalidades aceleraram o aprendizado dos animais, mesmo após o término dos protocolos de exercício; 3) quando o exercício de resistência é mantido durante a avaliação comportamental, o aprendizado e a flexibilidade cognitiva são favorecidos, ainda que temporariamente. Esses dados apontam para efeitos modalidade e tempo-dependentes. Entretanto, nenhum protocolo de exercício aplicado neste trabalho alterou a expressão dos marcadores de plasticidade sináptica sob investigação. Além disso, não foram detectados déficits comportamentais nos animais expostos ao ECI como era esperado, apesar desses ratos apresentarem ganho de peso corporal mais lento e maior peso relativo das glândulas adrenais (indicadores de estresse) comparados aos controles e apenas exercitados. Portanto, o potencial protetor do exercício de resistência frente aos déficits comportamentais causados pelo estresse ainda permanece em aberto. Por 8 fim, esses resultados reforçam os relatos de que mesmo indivíduos saudáveis podem ter sua função cognitiva e emocional beneficiada pela prática regular de exercício físico. |