Ecologia da comunidade de diatomáceas epilíticas em trecho impactado por psicultura no curso superior do Rio das Antas (São José dos Ausentes, RS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Schneck, Fabiana
Orientador(a): Schwarzbold, Albano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10954
Resumo: As diatomáceas constituem um dos grupos de algas mais representativos nas comunidades perifíticas, exercem importante papel como produtoras primárias em ambientes lóticos de baixa ordem e são consideradas boas indicadoras ambientais, sendo utilizadas no biomonitoramento de ecossistemas aquáticos. Porém, as informações existentes sobre a estrutura das comunidades de diatomáceas epilíticas em rios brasileiros são ainda muito escassas, especialmente em riachos de altitude. Assim, objetivou-se determinar a estrutura da comunidade de diatomáceas epilíticas em um riacho de altitude no Rio Grande do Sul impactado por atividade de piscicultura. De julho de 2005 a fevereiro de 2006 foram coletadas, mensalmente, amostras de diatomáceas sobre seixos e feitas medições de uma série de variáveis ambientais, em quatro estações amostrais, sendo duas a montante e duas a jusante da piscicultura, em trecho de 3a. ordem do Rio das Antas, município de São José dos Ausentes, a uma altitude de aproximadamente 1000 m. A análise quantitativa das diatomáceas foi realizada com material fixado, sob microscópio invertido, considerando a viabilidade das células, sendo posteriormente preparadas lâminas permanentes para identificação dos táxons. A comunidade de diatomáceas epilíticas esteve representada por 48 táxons e os resultados demonstraram a ocorrência de um gradiente de impacto associado aos efluentes da piscicultura, com significativo incremento nos teores de nutrientes e sólidos totais a jusante. A comunidade de diatomáceas respondeu ao enriquecimento trófico através de uma nítida substituição de espécies características de ambientes oligotróficos por espécies indicadoras de ambientes eutróficos. A Análise de Espécies Indicadoras identificou nove espécies que puderam ser separadas em dois grupos. Gomphoneis rhombica, Navicula angusta e Planothidium frequentissimum indicaram ambientes pouco impactados, com baixa disponibilidade de nutrientes, pouca quantidade de sólidos totais e baixa turbidez. Já Luticola goeppertiana, Melosira varians, Nitzschia palea, Gomphonema parvulum, Navicula cryptotenella e Psammothidium subatomoides indicaram águas eutróficas. Assim, as diatomáceas epilíticas demonstraram ser uma útil ferramenta no biomonitoramento de impactos causados por eutrofização.