Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Sanferari, Amanda |
Orientador(a): |
Reginato, Pedro Antonio Roehe |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/240384
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Resumo: |
A circulação de água em reservatórios fraturados é controlada principalmente pelo sistema estrutural das rochas, através da ocorrência e da abertura de fraturas. Em geral, aquíferos fraturados são menos produtivos que aquíferos porosos, mas ainda assim, possuem função estratégica relevante para os municípios. É o caso do nordeste do Rio Grande do Sul, que possui no Sistema Aquífero Serra Geral o mais acessível e explorado reservatório de água da região. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo avaliar o contato entre derrames vulcânicos como possível condicionante de aquíferos fraturados e sua influência na produtividade de poços tubulares. Para tanto, o estudo foi desenvolvido em quatro etapas principais, iniciado com uma fase de levantamento de dados já existentes e construção de inventário de poços, com informações cedidas pela CORSAN e SIAGAS. A partir da interpretação dessas informações, somadas com novas coletas realizadas em trabalho de campo e com análise de filmagens de poços, foi realizada a caracterização geológica e hidrogeológica do polígono de estudo, através de gráficos e análises estatísticas. A avaliação da produtividade foi realizada pela metodologia proposta por Diniz (2012), que através dos valores dos parâmetros hidrodinâmicos obtidos, classifica os poços de acordo com classes de produtividade. Os resultados permitiram identificar as formações geológicas da região, descrevendo a Formação Gramado como predominantemente composta por rochas basálticas, com derrames marcados por topos amigdaloides e porções centrais maciças. O contato entre os seus derrames não exibe erosão acentuada, mantendo o topo preservado. A Formação Palmas/Caxias diferencia-se por ser composta de rochas ácidas, com contatos de superfície irregular causados por uma estrutura erosiva. Observou-se que as rochas ácidas geralmente se localizam em altitudes superiores a 539m, enquanto as básicas em altitudes menores que 502m, e que o contato entre ambas formações é marcado por uma estrutura erosiva e bem definida. A avaliação hidrogeológica apontou um predomínio de poços localizados entre os 500 e 700m de altitude, com profundidade média de 127m e nível estático de 21m. As entradas de água predominam em até 3 ocorrências e localizam-se entre os 50 e 100m de profundidade. Os parâmetros hidrodinâmicos corresponderam o comportamento esperado para um aquífero fraturado, com capacidade específica menor que 0,5 m³/h/m e vazão predominante entre 1 a 20 m³/h. Observou-se que poços com entradas de água em altitudes menores que 550m, possivelmente cruzando a zona de contato entre formações, apresentam maior média que poços associados exclusivamente às rochas da Formação Palmas/Caxias, localizados acima dos 550m. Quanto a produtividade, o valor médio dos parâmetros indicou Classes mais produtivas quando as entradas de água estão localizadas entre 550 e 650m. Da mesma forma, entradas de água em poços de alta vazão ocorrem entre 600 e 650m, e poços que não alcançam zonas de contato possuem vazões inferiores ou são improdutivos . Por fim, a avaliação das áreas mais produtivas, através da análise de seções geológicas, indicou que as estruturas de contato controlam as entradas de água, gerando novas estruturas e favorecendo a circulação. |