Avaliação da potencialidade de duas rochas vulcânicas do estado do Rio Grande do Sul como remineralizador de solos em cultivo de aveia preta, milho e eucalipto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Dalmora, Adilson Celimar
Orientador(a): Schneider, Ivo Andre Homrich
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/271182
Resumo: Os métodos de remineralização incluem a aplicação de pó de rocha. Neste contexto, a presente tese investigou o uso de duas fontes de pó de rocha ( andesito e dacito), incluindo estudos de caracterização dos materiais, ensaios cinéticos de liberação de nutrientes e elementos potencialmente tóxicos e cultivos agronômicos. A rocha dacito é proveniente de uma mineradora localizada no Distrito Mineiro do município de Nova Prata, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. O andesito é oriundo de uma mineradora localizada no município de Estância Velha, no mesmo estado. Para a caracterização das amostras, foi realizada a descrição petrográfica, distribuição granulométrica, identificação das fases mineralógicas, composição química elementar e geoquímica. Nos estudos cinéticos, os pós de rocha foram expostos, por um período de até 5760 h, a água Milli-Q em faixa de pH entre 7,4 e 8,8, em solução aquosa de ácido cítrico 0,1 mol L-1 na faixa de pH entre 2,1 e 3,3 e em solução aquosa de ácido acético 0,5 mol L−1 na faixa de pH entre 5,0 e 5,8. Os resultados mostraram, para ambas as rochas, bom índices de dissolução dos elementos Ca, Si, Mg, Fe, Al e K com a seguinte sequência: solução de ácido cítrico > ácido acético > água pura. A aveia preta (Avena strigosa) e, na sequência, o milho (Zea mays) foram cultivados em casa de vegetação em vasos com solo agrícola natural, tratado com o pó de rocha de dacito e com esse pó de rocha misturado com lodo de laticínios. Esse experimento foi realizado para determinar liberação de macronutrientes no solo, e nutrir as duas cultivares. Houve um acréscimo significativo (p <0,05) em todos os parâmetros analisados em uma dose de 7.251 kg ha-1 de pó de rocha e 20.594 kg ha-1 de lodo de laticínio. Em comparação com o controle, ambas as safras cresceram melhor em altura e massa seca. Um aumento linear significativo (p<0,01) em Ca, K, Mg e P foram observadas nas folhas de aveia preta e milho onde foi realizado a aplicação das doses mais altas de misturas dos subprodutos. Os elementos potencialmente tóxicos em ambos os subprodutos foram irrelevantes, sugerindo que a mistura de pó de rocha dacito junto com lodo de laticínio pode ser um fonte potencial de Ca, K, Mg e P na agricultura sem representar risco de contaminação para o ambiente. Em paralelo, conduziu-se um experimento de cultivo agronômico a campo com duração de nove meses com a rocha andesito para avaliar o desempenho de eucalipto (Eucalyptus saligna Smith) cultivado em um argissolo. Foram utilizadas quatro doses diferentes (tratamento Tl = controle, tratamento T2 = fertilizante de nitrogênio, fósforo e potássio 100%, tratamento, T3 = pó de rocha 100% e tratamento T4 = pó de rocha 50% e fertilizante de nitrogênio, fósforo e potássio 50%). Constaram-se que os tratamentos T2 e T4 apresentaram o melhor desenvolvimento, situações onde o nível de K e P no solo foram maiores. Pode-se concluir que a utilização dos minerais das rochas dacito e andesito são uma alternativa para reduzir a utilização de fertilizantes altamente solúveis, reduzindo os possiveis impactos ambientais e aumentando a produtividade agrícola. Além disso, os estudos desenvolvidos contribuem para uma agricultura de tecnologia agrícola mais limpa e regenerativa e auxiliam na gestão dos resíduos no setor mineral.