Níveis séricos de irisina em mulheres com a síndrome de ovários policísticos : um estudo de casos e controles

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Thomaz, Natalie Katherine
Outros Autores: Neves, Fernanda Misso Mario das
Orientador(a): Spritzer, Poli Mara
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
DXA
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/165705
Resumo: Introdução: Irisina é uma adipocina / miocina, descrita pela primeira vez em 2012 e parece estar envolvida na termogênese do tecido adiposo e na homeostase metabólica. A síndrome dos ovários policísticos (PCOS) é reconhecida como um distúrbio endocrinológico prevalente em mulheres com idade reprodutiva, e está frequentemente associado à obesidade abdominal, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão arterial. Objetivos: Determinar os níveis circulantes de irisina numa amostra de mulheres com PCOS e controles ovulatórias não hirsutas e verificar se os níveis séricos de irisina estão associados com variáveis hormonais, metabólicas e de composição corporal nestas participantes. Métodos: Neste estudo caso-controle foram incluídas 49 mulheres com PCOS e 33 mulheres controles ovulatórias não-hirsutas com idade e índice de massa corporal (IMC) semelhantes. Variáveis demográficas, antropométricas, hormonais e metabólicas foram obtidas através de dados da história médica, exame físico e dosagens bioquímicas e hormonais convencionais. A composição corporal foi avaliada por absorciometria de raios-X de dupla energia (DXA). Os níveis séricos de irisina foram mensurados por um kit ELISA humano. Resultados: A pressão arterial sistólica, HOMA, testosterona total e índice de androgênios livres (IAL) foram significativamente maiores e a SHBG foi menor nas PCOS. Após a estratificação por IMC, massa gorda e razão massa gorda / massa magra foram menores em mulheres com peso normal do que em mulheres com sobrepeso / obesidade. O grupo PCOS com peso normal apresentou menos massa magra total do que o grupo PCOS com sobrepeso / obesidade e subgrupos controles. A proporção de massa magra apendicular / IMC foi significativamente maior nas controles de peso normal que em controles com sobrepeso / obesidade, mas os subgrupos de PCOS foram semelhantes entre si e com as controles de peso normal e obesas. Os níveis séricos de irisina foram significativamente maiores nas pacientes 8 PCOS com sobrepeso / obesidade em comparação com as controles de peso normal. A irisina circulante correlacionou-se positivamente com o HOMA. Observou-se também correlação positiva da irisina com massa magra total e razão massa gorda /massa magra em mulheres com PCOS, mesmo após ajuste para IAL. Conclusão: Os dados do presente estudo sugerem uma associação de irisina com variáveis de composição corporal.