Efeito de concentrações subinibitórias de vancomicina na formação de biofilme do Staphylococcus epidermidis ATCC 35984

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bonfanti, Jéssica Weis
Orientador(a): Silva, Ane Elise Bruhn da, Macedo, Alexandre José
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/149473
Resumo: O Staphylococcus epidermidis tem sido considerado, um patógeno oportunista importante, pois representa o agente mais comum responsável por infecções em dispositivos médicos. Estas infecções ocorrem devido à capacidade que o micro-organismo possui de se aderir aos materiais poliméricos formando biofilme. Evidências recentes mostram que concentrações subinibitórias de vários antimicrobianos induzem um aumento do nível de persistência do biofilme em S. epidermidis, o que pode explicar, em parte, a resistência à terapia antimicrobiana. Os objetivos deste estudo foram a investigação do efeito de concentrações subinibitórias de vancomicina na formação de biofilme do Staphylococcus epidermidis ATCC 35984 ao longo de um período de tempo de incubação e o estabelecimento de um protocolo de qRT-PCR. Para isto, foram utilizadas as técnicas de cristal violeta, microscopia eletrônica de varredura, microscopia confocal de varredura a laser e qRT-PCR. As concentrações utilizadas foram de 1,0 μg/mL (½ da CIM), 0,5 μg/mL (¼ da CIM) e 0,25 μg/mL (⅛ da CIM) e os tempos de incubação foram de 3, 6, 12, 24, 36 e 48 h. Os resultados demonstraram que existem alterações na morfologia do biofilme do S. epidermidis quando submetido ao crescimento e formação de biofilme juntamente com concentrações subinibitórias de vancomicina. Estas alterações mostram-se mais evidentes nas amostras tratadas com concentrações de ½ da CIM, a qual se destaca por apresentar um comportamento diferente de adesão e agregação em relação ao não tratado. Por outro lado, as concentrações de ¼ e ⅛ da CIM apresentam-se muito similares e um tempo maior de incubação (24 h) é necessário para atingir o padrão de formação de biofilme encontrado na amostra não tratada, que já se estabelece como um biofilme frágil em 6 h. Além disso, o protocolo de qRT-PCR foi padronizado com sucesso. Portanto, é necessário buscar o entendimento sobre a formação de biofilme em condições de estresse, como na presença de antimicrobianos, já que a elucidação dos mecanismos envolvidos tanto na formação de biofilme quanto na resistência aos antimicrobianos pode auxiliar no desenvolvimento de novas e efetivas estratégias terapêuticas para o difícil tratamento de infecções relacionadas com este micro-organismo.