Dinâmica da alimentação em Aeglidae em ambiente natural (Crustacea: Decapoda: Anomura)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Bueno, Alessandra Angelica de Padua
Orientador(a): Bond-Buckup, Georgina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/84906
Resumo: Esta pesquisa visa caracterizar a dinâmica alimentar de Aegla platensis Schmitt e A. ligulata Bond-Buckup & Buckup, especialmente, quanto ao hábito alimentar, largura do nicho trófico e preferência alimentar. Além de identificar a macrofauna bentônica dos cursos d’água estudados. As coletas foram realizadas de agosto/99 a agosto/00 no Arroio do Mineiro (29º 30' 0,2''S e 50º 46' 50''W), Taquara, e no Arroio formador do Rio Tainhas (29º 15' 30,2''S e 50º 13' 12,5'' W), São Francisco de Paula, RS. A macrofauna bentônica, coletada com amostrador Suber, foi triada em laboratório e os animais identificados e quantificados. Para análise estomacal, foram coletados juvenis e adultos de A. platensis e A. ligulata, em quatro horários. O conteúdo estomacal foi analisado utilizando-se: o Grau de Repleção (GR), a Frequência de Ocorrência (FO), o Métodos dos Pontos (MP) e o Índice Alimentar (IA). Análise de Agrupamento e Análise de Coordenadas Principais foram utilizadas para comparar as dietas de juvenis e adultos, além da variação nos itens alimentares nas classes de tamanho. Para o cálculo da largura do nicho trófico foi utilizada a medida de largura do nicho de Levins. Na identificação da preferência alimentar foram utilizados: a Taxa de Forrageamento (FR), o Índice de Eletividade (Ei) e a Preferência Alimentar Ordenada (ti). Os principais representantes da macrofauna bentônica coletados neste estudo foram Insecta, Crustacea, Acarina e Mollusca. Com relação aos índices de diversidade, o Arroio de Tainhas apresentou valores médios relativamente mais altos do que o Arroio de Taquara. Nos estômagos dos aeglíedos estudados foram encontrados detritos vegetais, algas, areia, Insecta imaturos das ordens Diptera, Ephemeroptera, Coleoptera, Trichoptera, microcrustáceos. Não houve diferença significativa entre a alimentação de machos e fêmeas de ambas as espécies. Entretanto, os valores de GR foram mais elevados às 24h em A. platensis e às 18h em A. ligulata. As análises multivariadas mostraram diferenças nas dietas de juvenis e adultos das duas espécies. Na análise da largura do nicho trófico, observou-se valores mais elevados no outono em A. platensis, e no inverno em A. ligulata. Quanto a preferência alimentar, verificou-se que para as duas espécies o item de maior preferência foi imaturos de Insecta. Com base nestas informações pode-se concluir que estes aeglídeos são, quanto a sua dieta natural, omnívoras, generalistas e oportunistas.