Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Paulo Henrique Oliveira Porto de |
Orientador(a): |
Suertegaray, Dirce Maria Antunes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/29536
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Resumo: |
O final do século XX presenciou a ascensão do discurso ambiental nas sociedades capitalistas. Constata-se também, no caso específico da água, o crescimento da atenção sobre o tema juntamente com a disseminação de um discurso que prega a necessidade de racionalização do uso e da gestão dos recursos hídricos frente ao seu iminente escasseamento, o que significa uma transformação radical naquilo que se compreende como cultura da água da sociedade brasileira. É exatamente nesse contexto que se põe a seguinte questão: que efeitos são produzidos, na própria ordem do discurso, através da afirmação da água como recurso escasso? Quem são os sujeitos da gestão racional da água? Que elementos passam a compor o universo da política de recursos hídricos? Esses questionamentos foram elaborados a partir da aplicação de conceitos foucaultianos de análise de discursos à fala hegemônica sobre recursos hídricos. Utilizando-se um recorte amostral que envolve livros didáticos de Geografia, trabalhos acadêmicos geográficos e marcos legais brasileiros sobre recursos hídricos, pode-se constatar a abrangênica e efetividade desse discurso dominante. Verificou-se, igualmente, a existência de falas alternativas que propõem outros enunciados para se discursar sobre a temática da água no contemporâneo, juntamente com outras formulações para uma política da água. Por fim, sinalizam-se contribuições para uma compreensão alternativa para a crise da água, a fim de colocar em relevo atores atualmente subalternos diante da voz dominante. |