Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Letícia Sotero de |
Orientador(a): |
Ribeiro, Niura Aparecida Legramante |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/225356
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Resumo: |
A pesquisa aqui apresentada aborda a ausência do corpo-matéria, o desaparecimento da lembrança e a restituição da memória condensada no corpo-imagem, bem como reflete sobre os limites do corpo secundário assumido pelo suporte fotográfico, isto é, o que salta o corpo imagem para nos olhar em retorno? Autores como Baruch Espinoza e Roland Barthes dirão que é o afeto; Walter Benjamin, por sua vez, diria que tratamos da aura. Colocados em diálogo com pensadores que versam sobre luto, memória e desaparecimento, estes autores subsidiarão o aprofundamento de uma série de questões que circundam a imagem como possibilidade de [re]descoberta da existência desaparecida por meio do corpo secundário gestado na imagem. Com a emergência da temática memorial e confessional na arte contemporânea, a catarse do ser e do sentir torna-se visual. As reverberações da fotografia como arquétipo de busca serão analisadas tendo a narrativa familiar como bússola norteadora para a [re]construção identitária. Ademais, concebo a presença como fato intermitente que se intervala entre o desaparecimento e a nova forma de existir, disto decorre a ambiguidade do conhecer, encontrar, criar, construir, expressas no destaque do prefixo [re]. Ancorada nas questões de cunho confessional elaboradas pelos artistas contemporâneos brasileiros Henrique Carneiro, Sabrina Pestana e André Penteado, bem como pelas artistas argentinas Maria Soledad Nívoli e Mariela Sancari nos dias subsequentes de seus lutos, a necessidade da ressignificação (ou reconstrução) da matéria por meio da imagem artística delinear-se-á no contorno da criação de dispositivos de lembrança fundados na imagem fotográfica, encontrando fruição na imagem como meio de materialização do corpo ausente. |