Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Elisete Maria de |
Orientador(a): |
Boldrini, Ilsi Iob |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/26295
|
Resumo: |
Extensas áreas de campo do sudoeste do Rio Grande do Sul, no Bioma Pampa, ocorrem sobre solos arenosos suscetíveis ao processo de arenização. Nesses campos predominam condições de déficit hídrico, irradiação intensa, temperaturas extremas, baixa fertilidade do solo e uso pecuário. O estudo teve como objetivos, conhecer a diversidade florística dos campos com arenização; analisar os principais tipos de estratégias adaptativas apresentadas pelas espécies e as proporções em que essas adaptações ocorrem nas proximidades do areal, em um campo pastejado e em um campo excluído de pastejo; avaliar as mudanças nas proporções de área ocupada por solo exposto e por vegetação, considerando os fatores tempo (um ano) e cobertura vegetal (alta, intermediária e baixa). Áreas de campos nativos com arenização dos municípios de Alegrete, Manoel Viana e São Francisco de Assis foram percorridas para o levantamento florístico. O levantamento quantitativo foi realizado em três áreas de campos sob diferentes manejos (pastejo intenso, pastejo moderado e exclusão de pastejo) em novembro de 2007 e dezembro de 2008. Foram 36 unidades amostrais permanentes no campo excluído e 24 em cada campo pastejado. Para cada espécie amostrada foi registrada a cobertura absoluta, as estratégias adaptativas apresentadas e o respectivo hábito. Foram registradas 343 espécies pertencentes a 52 famílias, com duas novas citações para o Rio Grande do Sul: Eragrostis articulata e Eragrostis leucosticta e uma para o Brasil: Croton lorentzii. 89,5% do total das espécies apresentaram uma ou mais adaptações como resposta aos fatores de estresse. A presença de caracteres adaptativos no campo pastejado e no campo sem pastejo parece caracterizar as espécies dos campos de solos arenosos, cujas condições climáticas e edáficas são comuns. Os três campos diferem em composição e abundância das espécies. O campo com pastejo intermediário apresentou características de ambos os outros, indicando que há influência do pastejo na composição de espécies e na fisionomia dos campos. A dinâmica da vegetação nos campos pastejados foi influenciada tanto pelo tempo quanto pela cobertura vegetal. No campo excluído ocorreu variação na composição e abundância de espécies apenas conforme o gradiente de cobertura. O processo de arenização avança numa escala maior nas áreas pastejadas que no campo excluído, pois neste as áreas de maior cobertura vegetal tiveram menor influência do processo de arenização. Fatores como chuva e vento também contribuem para o aumento das áreas arenizadas ao longo do tempo, especialmente nos locais de menor cobertura vegetal. Para retardar o processo de arenização desses campos são sugeridas medidas como a retirada do gado das áreas atingidas e a utilização de materiais que impessam o deslocamento do solo, associadas à utilização de espécies nativas com potencial de resistência ao processo. |