Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Juliana Veiga de |
Orientador(a): |
Traversini, Clarice Salete |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Espanhol: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/72696
|
Resumo: |
Esta dissertação de Mestrado tem como problemática central analisar de que forma professores envolvidos com propostas de Educação Integral nas escolas públicas narram sua constituição docente na contemporaneidade e, por esse viés, investigar quais discursos estão constituindo esse professor contemporâneo. Para tanto, esta pesquisa caracteriza-se como estudo de caso de caráter qualitativo, inserida no campo dos Estudos Culturais em Educação, em sua vertente pós-estruturalista. A proposta metodológica visa a analisar as narrativas de nove professores – das redes municipais e estaduais de ensino de Porto Alegre/RS e região metropolitana -, por meio de grupos de discussão, que participaram do Curso de Extensão intitulado A constituição do professor de Educação Integral na contemporaneidade. Esse Curso, pensado em 6 encontros presenciais, foi criado como estratégia para produzir os dados deste estudo. Como ferramentas conceituais, para operar na análise do material empírico, foram escolhidos o conceito de discurso – na perspectiva foucaultiana - e o conceito de narrativas – inspirado nos estudos de Jorge Larrosa. Os achados da pesquisa apontam para a predominância dos seguintes discursos: a) a profissão docente como vocação (amor à profissão), nesse discurso, a escola é considerada um „segundo lar‟, a educação escolar torna-se meio para salvação dos sujeitos e a docência é vista como tradição familiar, algo que passa de geração para geração; b) o deslocamento do papel docente de „ensinar‟ para „gerenciar‟ sujeitos, tempos, espaços e recursos financeiros (FNDE/MEC); c) o professor como aprendiz permanente, um sujeito flexível, sensível, disponível, e comprometido com o desejo de aprender constantemente. Nesse sentido, percebe-se, com este estudo, que esses discursos não são novos, nem específicos de professores atuantes em propostas de Educação Integral, mas compõem narrativas docentes recorrentes na contemporaneidade. Entretanto, alguns indícios apontam para a invenção desse professor, como a (auto) intensificação da sua função docente e a prioridade em conduzir a conduta do aluno nos processos de socialização em detrimento dos conhecimentos escolares. Indícios que vem conduzindo os modos de ser e de exercer a docência na contemporaneidade, momento em que a instituição escolar amplia suas funções. |