Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1997 |
Autor(a) principal: |
Back, Alvaro Jose |
Orientador(a): |
Dorfman, Raul |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/253727
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Resumo: |
A irrigação suplementar tem sido recomendada nas regiões de clima úmido, como prática para aumentar a produtividade e reduzir os riscos de ocorrência de déficit hídrico. Para um adequado dimensionamento e manejo do sistema de irrigação é necessário conhecer a frequência e a magnitude da precipitação efetiva. A forma mais comum de determinar a precipitação efetiva é pela realização do balanço hídrico na camada de solo explorado pelas culturas, utilizando-se de longas séries de dados meteorológicos. Como a grande maioria dos dados pluviométricos existentes são dados diários, a técnica do balanço hídrico geralmente é empregada em intervalos diários, quando são feitas algumas simplificações dos processos envolvidos. Uma importante simplificação, geralmente adotada, se refere ao processo de infiltração de água no solo, que, para uma estimativa mais realista, requer as intensidades de precipitação em intervalos horários ou menores. Este trabalho teve como objetivos ajustar um modelo para desagregar os dados diários de precipitação em dados horários, comparar a precipitação efetiva, determinada pelos modelos de balanço hídrico horário e diário com a precipitação efetiva determinada pelos métodos do SCS e da precipitação dependente, e determinar a precipitação efetiva e a necessidade de irrigação para as culturas do milho e feijão na região de Urussanga, SC. Utilizou-se de uma série de 48 anos de dados diários de chuva e da série de 16 anos dos registros pluviográficos da estação meteorológica de Urussanga (28.31° S, 48.19° W). Com os dados de chuva horária observados, foi ajustado um modelo para gerar séries de 500 anos de precipitação horária. Essas séries geradas foram utilizadas na desagregação dos dados de precipitação diária do período em que não havia a informação horária da chuva. No modelo de balanço hídrico diário, o escoamento superficial foi estimado pela metodologia da Curva Número, e, no modelo de balanço hídrico horário, a infiltração foi estimada pela equação de Green-Ampt adaptada para chuva de intensidade variável. Foram considerados quatro tipos de solos com diferentes potenciais de gerar escoamento superficial. Para a validação do modelo foi conduzido um experimento com a cultura do milho, onde a umidade do solo estimada pelo modelo foi comparada com a umidade observada. Os resultados obtidos possibilitaram concluir: a) o modelo estocástico ajustado gerou as séries de dados horários mantendo as características estruturais da chuva observada; b) após a desagregação dos dados diários essas características são preservadas de maneira satisfatória; c) o critério de dimensionamento do projeto de irrigação pela diferença entre a evapotranspiração e a precipitação provável causa uma expressiva subestimativa de necessidade de irrigação; d) a precipitação efetiva média mensal estimada pelo método do Serviço de Conservação de Solos dos Estados Unidos apresenta valores superiores aos valores obtidos pelo balanço hídrico diário e horário; e) a inclusão da metodologia da Curva Número no balanço hídrico diário não resulta em diferença na precipitação efetiva para solos com CN variando de 60 até 90; f) o modelo de balanço hídrico horário apresentou diferenças na precipitação efetiva, sendo as diferença mais acentuadas nos meses caracterizados pelas chuvas mais intensas, e também quanto maior o potencial do solo em gerar escoamento superficial; g) a necessidade de irrigação na cultura do milho com período de retomo de 5 anos varia conforme a época de plantio, entre valores de 125 a 210 mm para o solo argilo-arenoso e, de 75 a 175 mm para um solo franco-argilo-arenoso; h) para a cultura do feijão esses valores variam de 90 a 160 mm no solo argilo-arenoso e, de 67 a 140 mm no solo franco-argilo-arenoso. Verificou-se ainda que o modelo de balanço hídrico horário simulou valores de umidade do solo com boa concordância com os valores observados, sendo considerado válido para as condições de solo e cultura em que se desenvolveu o estudo. |