Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Wentz, Camila Favaretto |
Orientador(a): |
Marques, Sergio Moacir |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/234848
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Resumo: |
A Arquitetura Moderna Brasileira do Sul trilhou caminhos caprochosos, por veses limitados pelas idiossincrasias locais, restrições econômicas e particularidades culturais; e por outro lado temperada pela condição geográfica e mesológica distinta do centro do país. Ainda assim, a pauta das tradicionais escolas modernas brasileiras se fez presente, não sem passar pelo crivo da cultura local nos anos 1950/1970, ou em condição linera, através das relações de fluência entre centro e periferia, ou em paralelismo, através das interpretações locais do Movimento Moderno.Os anos 1970 foram do concreto à vista, do construtivo como critério, do bruto como estética, associado à escola paulista que, segundo SANVITTO (1994), iniciou seu desenvolvimento na segunda metade dos anos 50 e teve como um dos expoentes o edifício que abriga a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (1961) de Vilanova Artigas. No Sul, apropriado com sutis diferenças, de um concreto nem sempre cru, com a viga como elemento formal e do bruto ordenado que teve como uma das origens locais os edifícios para a Refinaria Alberto Pasqualini de 1962. Projeto de Cláudio Araújo e Cláudia Obino Corrêa, a Câmara de Vereadores inseriu-se nesse contexto, exibindo características de vertente construtiva e representando uma fase madura da produção moderna local. Sucedendo algumas obras representativas promovidas pelo poder público, como os projetos de Fayet, Araújo, Moojen e Pereira para a Petrobras, o edifício sede do legislativo de Porto Alegre é colocado em terreno de aterro sobre o Guaíba, junto ao bairro Praia de Belas. Dessa forma, simboliza a intenção de criar tecido urbano da cidade utilizando princípios modernos, expostos no Plano Paiva de 1959. O abandono ao qual o edifício ficou sujeito durante décadas pode significar um paralelo com o descrédito a que ficou exposta a arquitetura moderna após um período de ascensão. Apesar das circunstâncias e dos castigos que o tempo sem uso o impôs, as características e a qualidade das decisões arquitetônicas tomadas no projeto possibilitaram ao edifício a superação dessas condições. O edifício se coloca de forma clara e sóbria na paisagem urbana, demonstrando a força necessária para sua permanência. |