Adaptando vidas : a narrativa (auto)biográfica – um estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Chites, Felipe
Orientador(a): Zilberman, Regina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188167
Resumo: Sabemos que as produções literárias contemporâneas são estudadas à luz dos conceitos que abrangem, sobretudo, o gênero a que pertencem ou podem pertencer. O texto (auto)biográfico é, nesse ínterim, compreendido como aquele que procura englobar aspectos próximos à realidade cotidiana do sujeito biografado, o que tende a conferir verossimilhança à narrativa, e elementos ficcionais que, indubitavelmente, contemplam toda produção literária, sendo ela fantástica ou embasada na dita realidade. Para pensarmos, então,na autoria desse texto, no autor que engendra propositalmente toda uma linguagem que confere ao leitor verdade e catarse, foram eleitas para a análise deste estudo as obras O doce veneno do escorpião: o diário de uma garota de programa e Vinte mil pedras no caminho, de autoria dos biografados Raquel Pacheco – ou Bruna Surfistinha – e Fabian Nacer, respectivamente, e de Jorge Tarquini, sendo que o jornalista participou ativamente da escrita, assim como da pesquisa de campo e de entrevistas, de ambas as narrativas. Esses personagens de si mesmos narram suas histórias do submundo, trazendo ao público os devaneios e o sofrimento de um viciado em crack e as loucuras e as mazelas de uma garota de programa do vintão, heróis marginalizados e representados por Tarquini de modo a visar o aceite e o sucesso não só por avaliações estéticas e críticas da produção literária em si, mas pelo valor de mercado que o produto livro possui. Para embasar essas e outras questões propostas nessa pesquisa, valemo-nos dos estudos de Bakhtin (2003), Barthes (2004), Foucault (1992), Lajolo e Zilberman (1996 e 2001) e Lejeune (2008), principalmente.