Padrões da qualidade do ar durante a paralisação nacional dos caminhoneiros no ano de 2018, no município de Canoas - RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Maria Rejane Farias dos
Orientador(a): Aquino, Francisco Eliseu
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/217488
Resumo: O ar é imprescindível à sobrevivência da espécie humana. No ar além da presença dos gases benéficos podem estar presentes poluentes. Muitos poluentes atmosféricos não são percebidos por nossos órgãos dos sentidos. A OMS em seu relatório do ano de 2018, estima que globalmente 7 milhões de pessoas morram anualmente em decorrência da poluição atmosférica. Destes 7 milhões, 50 mil são no Brasil. O Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) estabelece padrões de qualidade de ar para alguns poluentes atmosféricos e cabe ao estado o monitoramento do ar, através da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler (FEPAM). Entretanto muitas estações de monitoramento estão inoperantes em municípios com expressiva atividade industrial poluidora. Durante o período de 21 a 31 de maio de 2018 ocorreu a paralisação nacional dos caminhoneiros, com reivindicação da diminuição do preço do óleo diesel.Os objetivos desta dissertação é avaliar a possível influência da paralisação dos caminhoneiros, nos padrões de qualidade do ar no município de Canoas-RS. Realizou-se levantamento e análise das concentrações de monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2) e material particulado 10μm (MP10) da estação de monitoramento Canoas- Parque Universitário. Foram realizadas médias das concentrações dos poluentes para o período da paralisação e para os períodos anterior e posterior à mesma. Conclui-se que as concentrações do SO2 diminuíram 35,7% no período da paralisação em relação ao período anterior. As concentrações do CO aumentaram 19,3% e do MP10 aumentaram 13,9%, mesmo com a atmosfera sendo lavada na véspera do evento, pois choveu nos dias 18 e 19 de maio 82,4% do esperado para o mês de maio. A significativa diminuição do tráfego veicular, durante a paralisação e o aumento das concentrações de CO e MP10 sugerem que as fontes fixas sejam as prováveis responsáveis por tais aumentos. Reforçando a sugestão, o estudo da Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul sobre o índice de potencial poluidor da indústria no Estado, aponta o município de Canoas com os maiores índices no período de 2002-2015, exceto no ano de 2004.