Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Manjabosco, Bianca de Andrades |
Orientador(a): |
Münchow, Eliseu Aldrighi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/291102
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Resumo: |
A contaminação por saliva, sangue e agentes hemostáticos durante os procedimentos adesivos diretos tem sido associada à diminuição da resistência de união das restaurações. Sendo assim, o objetivo principal desta dissertação foi realizar uma revisão sistemática de estudos in vitro com meta-análise sobre o efeito da contaminação na resistência de união de restaurações adesivas. Para isso, seguiu-se as recomendações do PRISMA 2020. O estudo está registrado no Open Science Framework (https://osf.io/db8jk) e teve como objetivo responder à seguinte pergunta: a contaminação com saliva, sangue e agentes hemostáticos prejudica a resistência de união das restaurações adesivas? A busca foi realizada em bases como PubMed, Scopus, Web of Science, Embase, LILACS e SciELO (última data: 23/06/2023). Os critérios de elegibilidade incluíram: 1) estudos in vitro; 2) avaliação da resistência de união à dentina usando testes de microtração, microcisalhamento, cisalhamento ou tração; 3) presença de pelo menos um grupo controle sem contaminação e grupos com contaminação (saliva, sangue ou agentes hemostáticos). A análise incluiu 29 estudos envolvendo diferentes tipos de adesivos aplicados em dentina humana ou bovina. Os resultados demonstraram que a contaminação por sangue resultou nos menores valores de resistência de união (-13,2 MPa), seguida pela contaminação por sangue combinado com agentes hemostáticos (-8,6 MPa), agentes hemostáticos isolados (-4,7 MPa) e saliva (-3,4 MPa). A análise probabilística (SUCRA) indicou que a ausência de contaminação favoreceu os melhores resultados, enquanto a contaminação por sangue apresentou o pior desempenho. Os resultados também mostraram que o sangue compromete a adesão devido à formação de uma película de proteínas (fibrinogênio, albumina, plaquetas) que impede a penetração do adesivo na dentina. Agentes hemostáticos, como cloreto de alumínio e sulfato férrico, formaram camadas resistentes que interferem na infiltração adesiva e na polimerização. Por sua vez, a saliva prejudicou a polimerização do adesivo devido à sua composição hidrofílica, reduzindo a formação de uma camada adesiva homogênea. Como conclusão, as metanálises revelaram que, em geral, a contaminação por sangue, saliva e agentes hemostáticos representou um desafio significativo para a resistência de união. Os resultados enfatizam a necessidade de estudos futuros que investiguem métodos eficazes de descontaminação para minimizar os efeitos negativos causados por sangue, saliva e agentes hemostáticos. Além disso, é fundamental avaliar a eficácia de diferentes sistemas adesivos sob condições adversas de contaminação, a fim de melhorar os protocolos clínicos e garantir maior durabilidade das restaurações adesivas. |