Millôres dias virão?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Serafini, Breno Camargo
Orientador(a): Bordini, Maria da Glória
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/56029
Resumo: Esta tese explora o universo das crônicas de Millôr Fernandes publicadas na revista Istoé e Istoé/Senhor, de 1983 a 1993, analisando a sua relação com o contexto da realidade sociopolítica brasileira e tendo como pano de fundo o processo de redemocratização no País. A partir disso, é feita uma leitura desse momento político através de um enfoque eminentemente sociológico dos textos, em que, a partir da visão do autor, é mostrado o cerne da nossa formação cultural e, consequentemente, um perfil do homem brasileiro. É na análise das diversas páginas, tanto isoladamente como em conjunto, que podemos mostrar como o autor constrói esse processo, inclusive num patamar mais ampliado, inseridas num contexto mundial — do humano brasileiro ao humano universal. Para isso, investiga-se, sob o prisma temático, os artifícios ficcionais dos quais se vale o autor no sentido de oferecer uma visão multifacetada da realidade do País, sob a ótica do humor e da ironia, sem esquecer o fenômeno da globalização da cultura mundial. Através de recursos como a paródia e a ilustração, Millôr oferece um repertório de textos em que se pode vislumbrar um painel onde aparecem nítidas relações entre humor e ideologia. Nesse sentido, a análise proposta dá-se a partir da perspectiva jamesoniana, em vista o contexto social histórico e econômico, passando pelo dialogismo de Mikhail Bakhtin (1981) ― paródia, ironia e carnavalização. A hipótese principal é a possibilidade de leitura da realidade do período histórico através da ficção. Isso se dá a partir de uma reflexão que tem como base um mosaico temático, escorado no humor, que envolve as discussões sobre a época dos fatos, sobre as relações entre humor, arte e papel do intelectual; sobre poder; e sobre a realidade brasileira e universal.