Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Fraga, Rodrigo Garcia |
Orientador(a): |
Dias, Adriana Schmidt |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/167304
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Resumo: |
A presente pesquisa tem como palco e plateia o Solar Lopo Gonçalves, atual sede do Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo. Trata-se de uma residência construída por Lopo Gonçalves Bastos para abrigar sua família nos finais de semana, uma provável casa de veraneio, em meados do século XIX e que até hoje orna o bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre (RS). Em 1878, após a morte sua esposa, os descendentes de Lopo, o casal Joaquim Bastos Monteiro e Maria Luiza Bastos tornou o Solar residência oficial dos Bastos Monteiro. O assobradado foi herdado pelos filhos de Joaquim e Maria Luiza em 1919, permanecendo no seio familiar até 1946 quando foi vendida, fechando oficialmente o ciclo da família no prédio. Um diálogo aberto com o interior e as estruturas que compõe o Solar, além de seus residentes e dos rejeites enterrados em seus fundos durante parte do século XX, permite uma pesquisa que segue o ciclo da arqueologia do tempo presente ao considerar a trajetória dos artefatos. As intervenções arqueológicas no sítio RS.JA-04 (Sítio Solar Lopo Gonçalves) permitiram conceber parte de sua história ainda não contada: a história da ocupação do século XX. As exumações nos fundos dessa unidade doméstica ocorreram em 1996 e em 2005. Diante de 29m² escavados, os artefatos referentes ao contexto novecentista serviram como esteira para as inferências sobre e acerca do Solar. O recorte cronológico proposto busca o quotidiano de seus residentes, sendo este abordado através do último conjunto de artigos do Código de Posturas de 1892, seguindo a partir do século XIX os passos dados por pesquisadores que estudaram este espaço, mas sob o enfoque do século XX, um viés que carece de estudos. A cultura material das intervenções arqueológicas em louça e em vidro interpretadas e analisadas como parte que integra as diversas temporalidades, materialidades e o próprio assobradado, possibilitou compor parte da biografia de seu espaço. Reflexões essas que estão inseridas e que permitiram se aproximar do quotidiano de uma família porto-alegrense através de suas rupturas, permanências, práticas de consumo, práticas de descarte, disposição e anatomia de seu lixo, costumes e de representatividades diversas, por vezes, não visíveis. |