Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Fiori, Diana |
Orientador(a): |
Saldanha, Dejanira Luderitz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/149453
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Resumo: |
Muitos dos severos impactos causados ao ambiente nos dias atuais estão intimamente relacionados com a total ou parcial retirada da cobertura vegetal nativa do solo. Com o crescimento acelerado da população humana, a vegetação nativa bem como outros recursos naturais está sofrendo uma crescente pressão. Esta, por sua vez, influencia diretamente a perda e fragmentação de habitats, repercutindo em danos significativos na biodiversidade local e regional. Nestas condições, a sub-bacia hidrográfica do arroio Retiro, localizada nos municípios de Veranópolis, Vila Flores, Cotiporã e Nova Prata, estado do Rio Grande do Sul, apresenta grande fragmentação florestal, principalmente em função do elevado nível de desmatamento para fins agropecuários e para a silvicultura. O arroio Retiro possui grande importância devido ao seu potencial hídrico, sendo ele o maior fornecedor de água potável para os municípios do entorno. A sub-bacia hidrográfica está inserida em sua totalidade no Bioma Mata Atlântica, mais especificamente na região fitoecológica denominada Floresta Ombrófila Mista (FOM). Desta forma, este estudo tem o objetivo de analisar temporalmente a estrutura da paisagem da sub-bacia do Arroio Retiro e identificar as áreas prioritárias à conservação, por meio de análise multicritério enfocando características ideais para o incremento da biodiversidade local e regional. Para a análise da estrutura da paisagem foram utilizadas séries temporais do satélite Landsat 5 e 8, além de índices de ecologia de paisagem. Para a identificação de áreas prioritárias foi utilizada a abordagem multicriterial, através do Método de Média Ponderada Ordenada, para a combinação dos fatores. Os fatores utilizados são: proximidade a cobertura florestal; proximidade aos fragmentos de maior área nuclear; proximidade à rede hidrográfica; distância aos centros urbanos; distância a malha viária e distância aos processos de mineração existentes. Os mapas de prioridades foram reclassificados de maneira a apresentar cinco classes de prioridades: muito baixa, baixa, média, alta e muito alta. Em relação à fragmentação, a sub-bacia apresentou melhoras entre os anos de 1990 para 2005, com diminuição de fragmentos e acréscimo de áreas para os já existentes. Após 2005, houve um intenso processo de fragmentação, onde novos pequenos fragmentos foram criados e alguns fragmentos maiores obtiveram incremento de áreas. Este dado é comprovado pelo aumento de 11,61 km² na classe de mata nativa e pelo surgimento de 119 fragmentos a mais que em 1990. Em relação ao maior fragmento da paisagem, este contava com 3275 há em 1990 e passou para 5003 há em 2016. A área nuclear deste fragmento também teve incremento, estando com 2473.47 há em 1990 e passando para 3745.62 há em 2016. A maior parte das áreas de maior prioridade foram escolhidas simultaneamente próximas aos melhores fragmentos em relação as suas áreas nucleares e além de estarem próximos a rede hidrográfica. O mapa de áreas prioritárias para conservação que mais se adaptou a área foi o de risco alto, devido as suas características. Desta forma, a abordagem multicriterial bem como o método da média ponderada ordenada, foi eficiente para a definição de áreas prioritárias para a conservação, utilizando pesos de compensação e ordenação. |