Tomada de decisão e os sistemas cerebrais : primeiros diálogos entre administração, psicologia e neurofisiologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Nonohay, Roberto Guedes de
Orientador(a): Pedrozo, Eugenio Avila
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/55134
Resumo: Esta dissertação visa abordar e dar início a um diálogo sobre a tomada de decisão social juntando aspectos de Administração de Empresas, Psicologia e Neurofisiologia. Primeiramente uma abordagem da evolução do pensamento sobre tomada de decisão é repassada com os conceitos de Simon (1955, 1959, 1979) na sua discussão sobre racionalidade completa e limitada. Isso se dá quando se nota que o ser humano possui limitações na sua racionalidade. Também, nota-se que o nível de incerteza e a complexidade inerente dos problemas aumentou. Soma-se a isso o fato de que, segundo Franks (2010) cada vez mais os seres humanos dependem da interação social para viver. Esse fato torna importante a consideração de aspectos emocionais, de memória e de comportamento. Aspectos de importância da Psicologia que são tratados junto com outros como emoção, cognição e percepção com os trabalhos de Elster (1998), Pretz, Naples e Sternberg (2003). Aspectos de consciência, vieses e heurísticas trazidos por Damásio (1996, 2011), Bazerman e Moore (2010) e Kahneman (2011) auxiliam na compreensão do fenômeno psicológico nessas interações e como eles impactam o processo decisório. Contudo, como melhor compreender a cognição? De onde surgem os comportamentos? Os conceitos de Neurofisiologia podem auxiliar. De forma a iniciar a integração de aspectos da Neurofisiologia na tomada de decisão utilizou-se Bear, Connors e Paradiso (2008), Ohme et al. (2009), entre outros. Foi criado um modelo, baseado na revisão da literatura realizada, visando determinar onde a decisão social poderia ocorrer e como ela poderia se dar em um ambiente organizacional. Dois grupos em uma empresa de pequeno porte foram observados. Ambos os grupos tinham quatro integrantes. No Grupo A três reuniões foram acompanhadas, no Grupo B duas reuniões foram acompanhadas. Utilizaram-se câmeras filmadoras para gravar os encontros de modo que isso permitisse a posterior análise das interações e linguagens verbal e não verbal do grupo. De modo a identificar os aspectos psicológicos dos grupos cinco testes foram aplicados: Wisconsin Card Sorting Game, Iowa Gambling Task, G- 36, Atenção Concentrada e Mini-Plus. Por fim, a revisão de literatura sobre aspectos Neurofisiológicos deu luz a possíveis ligações entre os resultados e esses conceitos. Os principais resultados demonstram que foi possível identificar uma ligação entre as três ciências no que toca a tomada de decisão nas organizações analisadas, tendo-se verificado que essas decisões ocorrem em dois passos principais: o individual e o social.