Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Alves, Paulo Gabriel |
Orientador(a): |
Pozzer, Katia Maria Paim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/218574
|
Resumo: |
Esta dissertação aborda características dos modelos de gênero em Porto Alegre (1889-1914) na classe média e elite, por meio da análise de fotografias e moda da época. Durante o século XIX, foram estruturados modelos de gênero baseados no sexo, pelos quais se limitou os papéis femininos ao âmbito do privado. O homem, em contrapartida, foi glorificado em sua potência racional, a quem foram destinados o espaço público, as conquistas econômicas e os direitos políticos. No início do século XX, esses discursos foram utilizados para diferenciar a nova elite porto-alegrense, formada, em parte pela tradicional elite pecuarista, agora acrescida de emigrados enriquecidos, comerciantes, industriais e profissionais liberais, que procuraram diferenciar-se do grupo dirigente das últimas duas décadas do Império do Brasil através da restrição dos papéis femininos. A fotografia, utilizada enquanto espaço de organização, construção de uma imagem, valores, hierarquias, ideologias, foi uma ferramenta desses grupos emergentes de propaganda, de exibição de suas famílias: em perfeita comunhão com os ideais instituídos pelo Positivismo adotado no estado, tendo o papel da mulher grande relevância. A moda, como um sistema complexo, de mudanças rápidas e sem razão aparente, no território da fantasia, reservado às mulheres, foi o meio mais evidente de exibição da correção desses papéis, de riqueza e sofisticação em uma sociedade que sorvia a modernidade trazida da Europa, sobretudo, de Paris. Assim, proponho analisar, através da fotografia e do vestuário, os modelos de gênero ali expressos, tendo por norte o paradigma indiciário de Carlo Ginzburg (1989). |