Mulheres na gestão do esporte no Brasil : desigualdades de gênero enfrentadas e combatidas por um coletivo plural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Hostyn, Victória Leizer dos Santos
Orientador(a): Myskiw, Mauro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/259689
Resumo: O esporte ainda é muito desigual com base em diferentes marcadores sociais, e, ao pensarmos maneiras de alterar a desigualdade nesse meio esportivo, é possível identificar a importância de um debate aprofundado sobre quem são as pessoas que pensam o esporte, no caso deste estudo, de quem atua na gestão do esporte. A literatura científica acessada e estudada aponta que a maioria dos gestores do esporte no Brasil são homens, sendo assim esta pesquisa, orientada por uma perspectiva de sociologia de esporte pública e engajada e por uma mulher pesquisadora, se justifica pelo esforço de apontar a importância de uma maior representatividade das pluralidades de mulheres nesse campo profissional e os enfrentamentos das desigualdades de gênero no esporte. O objetivo do presente estudo foi compreender as trajetórias e desafios de mulheres na gestão do esporte, considerando suas pluralidades e as relações disso com o enfrentamento das desigualdades de gênero. A investigação foi realizada através da elaboração e distribuição de um questionário on-line, produzido e utilizado como uma forma de produção de conhecimento associada ao engajamento de mulheres brasileiras gestoras de esporte diante da situação de desigualdades. A apresentação deste trabalho investigativo consta, neste documento, na forma de três artigos: o primeiro trata da construção do instrumento como um repertório de ação coletiva e engajada; o segundo traz um estudo sobre quem são as mulheres gestoras que se engajaram na pesquisa mobilizadas pelo imperativo de desigualdade; e o terceiro aborda a constituição e a operação da análise crítica sobre as desigualdades pelas próprias mulheres gestoras engajadas pelo instrumento. Cada artigo tem sua estrutura singular, mas, de uma maneira mais ampla, é possível concluir que as mulheres, enquanto coletivo constituído com inúmeras pluralidades, constroem e elaboram de forma crítica suas denúncias e ações no enfrentamento das desigualdades. Fato este que reafirma que a gestão do esporte necessita “ser feita” por pessoas engajadas com as causas coletivas, visando um esporte mais acessível e inclusivo.