Gênero e ciências em três corpos de Maria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Paloma Nascimento dos
Orientador(a): Loguercio, Rochele de Quadros
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/193020
Resumo: A escrita da história ocidental ainda hoje organiza uma polaridade para homens e mulheres em que o masculino, superior e referência hierarquiza e constrói modos de ser. O feminino, o oposto inferior é então, invizibilizado e excluído de espaços, em movimentos de transformação de diferenças em desigualdades. Seria possível uma outra história, uma história de outro gênero - o feminino? Será possível contá-la? Esse trabalho de tese buscou nas trajetórias históricas de mulheres cientistas, os modos de resistência, sobrevivência e de ser que pouco mudaram nos tempos que nos separam, evidenciando um projeto de verdade que não cessa de se reinventar, tendo por objetivo geral compreender como as narrativas biográficas e estratégicas constituíram formas de ser mulher-cientista na contemporaneidade. Utilizamos como técnica de pesquisa a análise de narrativas, partindo da área “gênero e ciências”. Num primeiro momento foram mapeadas as biografias como narrativas históricas potentes para visibilizar as identidades múltiplas do feminino nas ciências. Uma narrativa específica e autobiográfica de Marie Curie foi, então, utilizada como foco para questionar as construções identitárias das mulheres nas ciências e a possbilidade de ser mãe, esposa e cientista. Toda a análise, que utilizou registros históricos, biografias, narrativas e documentos fotográficos nos mostram, ao final, que, em se tratando das trajetórias de mulheres cientistas e suas identidades, as formas de emergir, sobreviver e ser nas ciências pouco mudaram quando comparadas personagens históricas e mulheres cientistas na contemporaneidade.