Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Ramgrab, Ana Iris Marques |
Orientador(a): |
Maggio, Sandra Sirangelo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/76218
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Resumo: |
A escritora inglesa Jane Austen possui, além do status de autora canônica, um apelo popular não apenas em função de sua qualidade como escritora, mas também pela força imagética de suas obras quando adaptadas para o cinema. Em Amor e Inocência (2007), o diretor Julian Jarrold apresenta um episódio ocorrido na vida da autora, com base em fatos extraídos da biografia Becoming Jane Austen, escrita em 2003 por Jon Spence. O filme explora um possível envolvimento entre a jovem Jane e o estudante irlandês Tom Lefroy. Essa produção, enquanto apresenta o início da carreira da escritora, sugere que o trauma da relação mal sucedida com Lefroy possa ter sido a fonte temática que inspirou sua obra ficcional posterior. Esta dissertação verifica de que forma o filme articula as questões históricas sobre a vida de Austen com as situações ficcionais apresentadas em seus romances para chegar a um produto final tão coeso e verossímil, embora ficcional. Especial atenção é dada ao estudo da construção da personagem protagonista, que resulta da combinação entre o conteúdo imagético das obras de Austen e os elementos biográficos pesquisados por Spence. Além dessas fusões, há ainda que ser considerado o ícone Jane Austen, que habita o imaginário dos ingleses e dos leitores pelo mundo afora. Na evolução das adaptações fílmicas das obras de Austen testemunhamos a fusão entre as personagens e a própria autora, especialmente no caso de Elizabeth Bennet, em Orgulho e Preconceito (1813). Para realizar esta análise, lanço mão dos conceitos de adaptação e apropriação propostos por Linda Hutcheon, e do conceito de metaficção historiográfica estabelecido pela mesma autora em A Poetics of Postmodernism: History, Theory, Fiction (1988). Ao término do trabalho, espero que esta discussão investigativa e argumentativa seja útil em três aspectos: contribuindo para o debate sobre autores usados como personagens na ficção derivativa contemporânea; identificando certas necessidades culturais que subjazem ao culto do ícone Jane Austen, conhecido como Austenmania; e verificando até que ponto o conceito de metaficção historiográfica dá conta de propostas narrativas em que a personagem histórica retratada é também uma escritora. |