Mudanças climáticas e a nova geopolítica da federação russa para o Ártico : oportunidades econômicas e percepções de ameaça como elementos condicionantes da ação regional assertiva da Rússia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mello Neto, Milton José Deiró de
Orientador(a): Filippi, Eduardo Ernesto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/285519
Resumo: O Ártico, região polar geograficamente situada no extremo norte do planeta, tem sido para a Federação Russa - desde a sua criação em 1991, logo após o colapso da União Soviética - uma nova fronteira absoluta de expansão. A referida região, isolada durante séculos em virtude de seu meio ambiente hostil e extremo, vem gradativamente tendo a ocupação por atores regionais ampliada por conta das novas condições climáticas criadas pelo processo de aquecimento global, mais intenso na região que no resto do planeta, permitindo à região uma penetrabilidade nunca antes vista - em sua atual intensidade - na história humana contemporânea. Isso, aliado a um processo de desenvolvimento tecnológico que permite a ampliação de operações, transporte, e mesmo as possibilidades de vida humana nesse ambiente extremo, tem tornado a região sujeita a um novo ciclo de competição entre potências. Esta alteração no status quo ambiental e geopolítico do Ártico tem feito desta região um ambiente desafiador para a Rússia, para muito além das limitações e dificuldades criadas pelo ambiente natural hostil e extremo da região polar. O objetivo do presente trabalho é analisar se estaria a Rússia se tornando mais agressiva no Ártico diante do novo cenário regional de mudança climática, degelo marítimo, ampliação de zonas polares navegáveis, aumento potencial de zonas de exploração de recursos naturais, e maior engajamento militar de outros estados na região.