Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gonzalez, Fredy Andrey Lopez |
Orientador(a): |
Barcellos, Julio Otavio Jardim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/190011
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Resumo: |
A cria é a etapa de menor eficiência biológica devido ao alto custo energético de mantença da vaca. Além disso, é um sistema que depende basicamente de tecnologias de processos, pois o uso de insumos não produz grandes impactos na produtividade final. Contudo, em decorrência da maior concorrência pelo uso de terras, a cria também passa por questionamentos com relação ao uso de processos mais intensivos de produção. Neste contexto, uma das formas de aumentar a produtividade é mantendo mais estável a produção de forragens, favorecendo variedades de elevado potencial de crescimento (p.e., capim sudão), sendo isto possível através do uso da irrigação de pastagens, que também ajuda a mitigar os efeitos dos fenômenos climáticos como El Niño Oscilação Sul. No entanto, a intensificação pode ter algumas desvantagens, frequentemente associadas a um maior consumo de insumos. Portanto, acima de um certo nível de intensificação, questiona-se o potencial de mitigação das mudanças climáticas sobre o aumento de produtividade. Assim, a proposta deste estudo foi desenvolver um modelo de simulação para avaliar os efeitos da intensificação em sistemas de cria, utilizando níveis de produção de energia por meio de pastagens cultivadas e a irrigação, sobre parâmetros bioeconômicos. A análise do sistema e sua síntese, através da relação dos submodelos de produção de energia, estrutura de rebanho, exigências de energia dos animais e o econômico, permitiu entender as respostas da intensificação sobre parâmetros bioeconômicos Este estudo revela que a intensificação com irrigação pode aumentar a produtividade em 66%, intensificando no máximo 20% da área. Isto considerando os efeitos dos eventos climáticos que podem ocorrer nos sistemas de produção em um horizonte de 10 anos. Não obstante, os impactos biofísicos não compensaram o custo total associado à produção, indicando a descapitalização do sistema ao longo do tempo. Contudo, a irrigação minimizou o risco econômico, frente às mudanças climáticas, ao estabilizar a produção de energia no sistema. Em um contexto holístico do sistema, os resultados supracitados podem sinalizar outras perspectivas sobre a configuração deste sistema de produção. A primeira é a necessidade de avaliar as respostas bioeconômicas da intensificação, exclusivamente, no complexo campo natural. A segunda, avaliar a intensificação integrando outras fases produtivas de melhor eficiência biológica. como a recria, a terminação ou o ciclo completo. E a terceira, avaliar cenários alternativos que aumentam a eficiência bioeconômica da cria por meio de relações de eficiência entre o custo da terra, o custo de produção, a produção por área e o preço do produto. |